por: Mestre Perverso
As horas passam e estão marcadas contra nós, meus amigos!
Tanta coisa para fazer, tanto assunto para falar... e tão pouco tempo. Mas porque é que o dia não tem 30 horas? E porque é que nunca me sai o Euromilhões?
O Mundial começou mal para a selecção nacional, e se não ganham juízo, ainda acaba pior. Isto de ter "o melhor futebolista do Mundo" tem muito que se lhe diga... Mas afinal, como é que o Cristiano Ronaldo é o melhor futebolista do Mundo? Quem é que define os critérios? E não me venham ccá com tretas! A FIFA andou por todos os campeonatos do planeta, a avaliar jogador a jogador? É mais ou menos como as impressões digitais: diz-se que não há duas impressões digitais; OK; até pode ser verdade, mas... já alguém comparou todas as impressões digitais de todos os seres humanos que existiram e existem à face da Terra? Ah pois é...
O Scolari ainda tentou dar uma de consolador, a dizer que no Europeu de 2004, Portugal também tinha começado a perder... Pois, mas esqueceu-se de dizer que acabou a perder, e logo com a mesma selecção. Nesse dia (e nos seguintes...), dava gozo ter uma alma grega. Infelizmente, para os gregos é que não teve piada nenhuma, porque aquilo não deu retorno nenhum (basta ver como estão agora).
Nas deambulações pelo Diário de Notícias online (que costumo consultar nas minhas idas ao WC, à falta da Caras ou da Fiesta), descobri aqui há uns dias atrás que o PCP havia protestado pela forma como a RTP-Madeira cobre as suas acções. Ou, para ser mais correcto, pelo facto da RTP-Madeira não cobrir as suas acções.
Aquela malta do PCP (ou CDU, ou PCP-PEV, ou CDU - PCP-PEV... nem sei, escolham lá vocês) às vezes pode ser um nadinha picuínhas, com minudências espantosas (aposto que eles devem trabalhar around the clock, por turnos, para estar de olho em tudo e todos que lhes diga respeito) que chegam a ser assombrosas. Quem sabe até se não cronometram as reportagens na rádio ou contabilizam o número de caracteres das notícias em tudo o que é jornal online, blog, tweet ou afim? Estamos aqui a galhofar, mas olhem que não me admirava nada.
Mas, por outro lado, também não posso deixar de lhes dar razão... É que, não obstante a profusão de canais a que temos acesso, eu, à semelhança de muito cidadão a residir neste arquipélago, ainda tenho por hábito assistir ao telejornal da RTP-Madeira, e de facto, vejo de tudo e mais alguma coisa naquilo, menos reportagens sobre as iniciativas do PCP (ou CDU, ou PCP-PEV, ou CDU - PCP-PEV... enfim, já perceberam). Quer dizer, vejo uma ou outra, mas lá muito de vez em quando, uma ínfima parte daquilo que levam a cabo... isto, claro está, a fazer fé nas rádios e nos jornais cá da terra, e até mesmo nas páginas oficiais na Internet, Facebook incluído.
É que se o DN, o Diário Cidade, a TSF ou qualquer outro órgão de informação de capitais privados não fizesse a cobertura, ainda se compreenderia; ao que parece, os comunistas não são muito dados a financiar aquela gente, ao contrário, por exemplo, da Cagança (aliás, o DN foi o órgão oficial desses gajos na campanha, e está agora a recolher os merecidos louros... só em editais deve ser uma farturinha), do PS e do CDS... ainda há dias dei de caras com um destacável de 16 (16!!! DEZASSEIS!!! valha-nos tanta fartura!) páginas do CDS no DN que me ia dando engulhos (e olhem que até tenho um estômago forte...), de tanta trampa e baboseirada que lá estava escarrapachada. A questão é que a RTP-Madeira é um órgão de Comunicação Social de capitais públicos, que funciona com o dinheiro de todos nós (todos, isto é... pelo menos os que pagam impostos), à semelhança do Jornal da Madeira (e aqui, honra seja feita ao JM que, apesar de tudo, ainda consegur ser mais plural e abrangente no que toca às coberturas informativas do que o próprio DN, ainda que à sua maneira... mas é!). E, como tal, tem que se submeter a certas obrigações, das quais se destacam a igualdade de tratamento e o respeito pela pluralidade. Mas como bem sabemos, nesta terra isto é assim um bocado offshore, se é que me entendem (oh!, se entendem...), no que concerne à teoria e à prática, ao "deve e haver" por parte das tutelas e das direcções das entidades públicas. E então aquela RTP-Madeira... ui...
Já viram o que é que a RTP-Madeira faz? Já viram como é que a RTP-Madeira trabalha? Afinal, para que serve (e a quem serve) a RTP-Madeira, nos actuais moldes? É que aquilo não dá com nada! Atentem só na programação. Grelhas constrangedoras, sem qualquer qualidade, sem qualquer imaginação, sem qualquer diversidade, sem qualquer novidade. Para já não falar de uma direcção acéfala (mentecapta, mesmo) e "profissionais" que deixam muito a desejar (assim de repente estou a lembrar-me de 3 ou 4 que deviam era ter vergonha na cara). E isto pago cá pelos contribuintes.
Mas andamos aqui a brincar, ou quê?
Assim como está, mais vale fechar, e passam a informação para uma qualquer rubrica da RTP-1 ou da RTP Informação. Ou então vão emitindo os episódosd'O Tal Canal, que sempre dá para rir com gosto. É que para esboçar sorrisos amarelos com o que nos querem impingir... não há pachorra.
Cordiais saudações do Vosso
Mestre Perverso
Mestre Perverso
4 comentários:
Subscrevo o que aqui está escrito. A RTP Madeira já foi um grande canal e mesmo o facto de durante muitos anos só haver por cá a RTPM e a TVE de Canárias para quem tinha uma boa antena exterior não fez com que se desleixassem, porque tinham bons quadros e bons programas, e mesmo que as instalações e os materiais não fossem grande coisa os técnicos e os jornalistas faziam das tripas coração para que tudo fosse transmitido em condições. Vivo a dois passos da antiga sede nas Maravilhas e sei bem como é aquilo se compararmos com as actuais instalações nas Madalenas, é a mesma coisa que ter a capela de Santa Catarina e depois passar para a Sé. Lembro-me bem da novidade que foram as emissões regulares no início dos anos 70. Recordo com saudade a Maria Luísa, o Armindo Abreu, o Ramos Teixeira que já faleceu e o Jorge Luís, pessoas simpáticas e bons profissionais que foram a cara da RTPM durante décadas e que se voltassem hoje não envergonhavam ninguém. Até mesmo os colegas da RTP no continente os gabavam e elogiavam pela sua grande experiência e profissionalismo. Não percebo como tudo se degradou para chegar ao estado em que está. Naquela altura não tinham as facilidades de agora e faziam um bom trabalho, e agora têm tudo do bom e do melhor e a RTPM está reduzida ao que sabemos, com uma programação muito pobre e péssimos profissionais a fazer um mau trabalho, e uma direcção que só parece estar interessada nas visitas do ministro mas nunca conseguem fazer nada de jeito para salvar a RTPM e recuperar a qualidade de antes. Até nos directos têm que trazer apresentadores do continente. E nem mesmo nos tempos em que se acusava a RTPM de ser correia de transmissão da Quinta Vigia as coisas chegaram ao ponto em que se encontram agora. Agora mais do que nunca a RTPM é uma capoeira para tanto galo e tanta palheira à procura de poleiros e tachos, é uma fossa de ineptos que não percebem nada do que é boa comunicação e prestação de um serviço público. Ainda se salva uma coisa ou outra mas nunca vão conseguir o que havia nos bons anos de ouro da televisão na Madeira. Sem exagero pode-se dizer: RTPM RIP. Perdoem-me o desabafo e o testamento que já vai longo, mas diz-se que recordar é viver, e é pena que a RTPM esteja a morrer.
Na minha opinião, a RTP Madeira em vez de estar a retransmitir a RTP Informação desde que abre até à tarde, bem podia era transmitir as sessões da Assembleia regional. Têm meios e têm pessoal e sempre aproveitavam o tempo de transmissão, ao menos para dar a conhecer como realmente decorrem aquelas sessões.
Hoje em dia já muita gente tem TV por cabo e se quiser ver a RTP Informação vê lá, não é preciso estar a duplicar tempo de transmissão e ocupar a RTP Madeira.
Ali o comentário do anónimo das 23h44 trouxe-me à memória uma série de recordações daqueles "bons velhos tempos", em que com o pouco se fazia muito. Falo da RTP-Madeira como também podia estar a falar de tantas outras coisas.
Tenho ouvido desabafos de algumas pessoas conhecidas, que trabalham (há já muitos anos) ou já trabalharam para a RTP e RDP, nos seus centros regionais da Madeira, e as suas palavras são sempre pautadas pelo desalento e pela desilução, quando falamos sobre o presente. Há ali todo um valioso potencial humano e técnico que se está a desperdiçar aos poucos. Pois se antes, com poucas verbas e poucos meios, dava para manter emissões prolongadas e de qualidade (tendo em conta as óbvias limitações), porque é que agora as emissões parecem transmissões para zombies? Estão à espera que as pessoas se fartem de vez, que se declare uma qualquer insolvência para, a par da estratégia que a actual direcção nacional está a cozinhar com o Governo, liquidar de vez com a RTP como entidade prestadora de um serviço público aqui na Madeira e entregá-la de mão beijada a um qualquer grupo económico?
Mas antes que isso aconteça, oxalá se façam umas auditorias, daquelas a sério, à RTP-Madeira; aposto que há muita coisa que tem que ser explicada...
Querem uma TV? Paguem-na! Querem tempo de antena? Paguem-no! Querem aparecer? Paguem por isso! Fartos estamos nós de levar todos os dias com as tontices desses partidos todos, cá por mim nem PC nem PSD nem PS nem CDS. Acabava-se a política na TV.
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