por: Mestre Perverso
Olarecas! Como é que vai a gente gira? Tudo a andar ligeirinho? Ora assim é que se quer. Tudo calmo e sereno na frente ocidental, que com este calor não há muita pachorra para grandes cavalgadas.
Apesar de tudo o que se diz sobre algumas instituições deste País, acho que uma das que merece a nossa atenção, carinho, respeito, gratidão e orgulho é a Polícia Judiciária; os recentes desenvolvimentos na investigação de um certo caso de contornos extremamente lamentáveis que se desenrola nesta terra, mostram que, apesar de tudo, ainda há alguma coisa que funciona. E oxalá muita gente esteja a morder a língua, à conta de tudo o que disseram de menos abonatório sobre a PJ, quando este peculiar processo teve início.
Eu não devia estar a dizer isto, mas tenho acompanhado as recentes notícias sobre a situação no Iraque com um sorriso sacana nos lábios (sou sádico, que querem?!). O Iraque, à semelhança da Líbia, da Síria, da Ucrânia e, de certa forma, o que ia sendo o Egipto no período Morsi, é um exemplo perfeito dos resultados da ingerência ocidental nos assuntos internos dos outros países. Apetece dizer "nós bem os avisámos...", não apetece? Quem colhe ventos...
E não nos admiremos se virmos os EUA a alinhar ao lado do Irão no terreno, para combater os fanáticos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (mais conhecidos pela sua sigla em inglês, ISIS), ou a concordarem tacitamente com a necessidade de garantir apoios ao Governo da Síria pra eliminarem a ameaça radical.
Agora percebem o porquê do sorriso sacana...?
Tenho que vos ser franco: não me surpreendeu nadinha uma recente notícia sobre a denúncia, por parte do LIVRE, esse partido criado há poucos meses por Rui Tavares, ex-deputado ao Parlamento Europeu eleito pelo Bloco de Esquerda em 2009, mas que depois bateu com a porta, rompeu com o partido pelo qual foi eleito e enveredou pela condição de independente (puf, puf, puf) da utilização ilegítima da designação, na Região, daquela força partidária, ao que tudo indica a anunciar a constituição de um "núcleo regional", núcleo esse que, afinal, nada tem que ver com o LIVRE legítimo. Tal como não me surpreendeu o facto do nome de Aires Pedro estar incluído entre os cabecilhas de tal aventura (atenção, fala-se apenas do nome, não se sabe se está, de facto, associado à pessoa em causa ou não; mas... nesta terra, advogados, padres e médicos não são de fiar; em caso de dúvida, guilhotina com eles!).
De qualquer forma, convém salientar que, apesar de tudo, nem todos os advogados, padres e médicos são uns pulhas; salva-se uma pequena minoria, ainda assim. Segundo desenvolvimentos mais recentes, Aires Pedro ameaçou proceder judicialmente com vista ao apuramento da verdade dos factos sobre a sua posição em todo este processo. Se, de facto, ficar provado que as acusações do LIVRE nacional não têm qualquer fundamento e que a postura assumida por Aires Pedro está devidamente fundamentada e dentro da legalidade e da verdade, comprometo-me a apresentar aqui no blog as minhas desculpas ao referido advogado.
Que fique bem claro que gostamos de galhofar, mas sempre dentro dos limites...
Ao que tudo indica, existe mesmo uma página no Facebook que declara estar a “constituir o núcleo” desse partido na nossa Região, com a disponibilização de um formulário de adesão, no qual são solicitados dados pessoais.
Ora, se o LIVRE não reconhece qualquer legitmidade a quem está a dinamizar tal iniciativa... qual a razão da mesma? E porquê a recolha desses dados? Para que finalidade se destinam? Hummmm...
Assim de repente, isto traz-me à memória algo que se falava aqui há uns tempos atrás, cá pela praça, sobre uma tentativa muito amadora (amadora? fraquíssima! até dava dó) de recolher assinaturas para o que diziam ser reivindicações sociais, mas que, afinal, tinham como objectivo a constituição de um novo partido político, intenção essa que foi logo abortada mal o pessoal do Tribunal Constitucional começou a ler o lixo nauseabundo que as criaturas que iam dar o nome à coisa deixaram por lá. E já agora, para os menos atentos (ou mais tapadinhos), se acham que é invenção do Jornal da Madeira, eis outra fonte...
O modus operandi de tais malfeitores para concretizar o seu crime consistia em, aqui e ali, ter grupos de cúmplices (a maior parte deles arregimentados sem que nada soubessem dos reais propósitos dos angariadores, mas sempre controlados por algum gabiru consciente da trapalhada), a recolher assinaturas por causa da água, da creche que fazia falta, contra o encerramento de urgências e outras coisas que tais, tudo questões que apelavam à tomada de uma posição e que até são merecedoras de apoio. Para tal, de forma simples, mas engenhosa, apresentavam um formulário com várias páginas, onde só a primeira tinha um cabeçalho com o texto explicativo do motivo e da finalidade daquela recolha, apresentando-se já convenientemente assinada na totalidade, enquanto que as restantes não tinham qualquer cabeçalho, apenas as linhas para assinaturas e dados pessoais. Assim, chegando ao covil, bastava fotocopiar sobre aquelas páginas, depois de preenchidas, o verdadeiro cabeçalho, neste caso o chorrilho de asneiras para a constituição do tal bando mafioso, perdão, partido político, o qual tinha por símbolo dois clarins cruzados.
Outros andam por aí com o mesmo desejo, mas ao menos fazem a coisa abertamente; se fossem pelo caminho do crime, levavam tantas que até andavam de roda. Era o bom e o bonito...
Lembro-me que a minha empregada lá de casa comentou que havia sido aliciada para assinar por causa das urgências, mas como ela não tem pachorra "para essas coisas", tratou logo de fazer ouvidos de mercador (mal sabia ela...); como não sou de dar para esses peditórios, nada disso me passou pelas mãos, mas se tivesse sido o caso, o mais certo era ter feito do meliante uma piñata infra-humana, pendurando-o pelo pescoço num qualquer candeeiro público e batendo-lhe com um varapau até a besta confessar. É que já me basta andar a ser roubado todos os dias, à semelhança de milhões de compatriotas. Além disso, já estou calejado dos golpes das listas telefónicas e afins...
Como eu referi, a coisa morreu na praia, e à conta disso ouviram-se gritos e gritas na gruta que serve de poiso à quadrilha, ali para os lados das "Portas da Cidade", precisamente no quarteirão onde pululam outros fenómenos do banditismo político... apesar de, para fora, se tentar fazer passar a ideia (da treta) que nunca tinham acreditado muito na ideia de constituir um novo partido. Pois... como não pegou...
Qualquer dia ainda os vamos ver por aí a apregoar uma qualquer Telexfree de pacotilha... Não acreditam? Olhem que já faltou mais! Atentem só no que já fazem com o dinheirinho de todos nós...
Isso, vão arrecadando, e depois invistam em cigarros... vão dar-vos imenso jeito na cadeia.
Cordiais saudações do Vosso
Mestre Perverso
1 comentário:
Alguém pode dizer o que fazem eles a tanto dinheiro? É verdade o que se diz, que eles pagam os fulanos que lá estão a peso de ouro, que alguns ganham mais que os deputados, e que pagavam a quem desse o nome para as eleições? Todos os dias leio os jornais e vejo o noticiário e não vejo nada de trabalho, só palhaçada, é assim que gastam o nosso dinheiro?
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