O que cá se escreve não é para ser levado a sério!!!!

terça-feira, 5 de abril de 2016

Parquímetros para motas no Funchal.


Olá meus fôfos da Tia! 

Eu aboli os jornais da minha vida! E não foi assim algo voluntário... Foi mesmo por estar farta de todo o santo dia correr os departamentos lá do serviço, escada acima, escada abaixo, atrás dos jornais e só os conseguir apanhar às 17 horas, uma hora claramente ingrata para saber as novidades, e até os funerais já tinha perdido.
Mas ontem ainda consegui ver de relance a capa do JM e fiquei muito intrigada. Parquímetros para motas! Mas as motas pagam estacionamento? Fez-se assim um curto-circuito na minha cabeça, mas achei que fosse ainda alguma peta atrasada. Contudo, à hora do almoço lá estava eu na minha eterna luta com os sem-abrigo de serviço a disputar um banquinho no Largo do Phelps para comer um gelado e acabei outra vez por ouvir a mesma história.

Vamos lá por partes. O Vereador da mobilidade urbana da CMF, aquele homem que tem cabelo na proporção que tem barriga e dança muito bem salsa, vem dizer que aumentaram os lugares de estacionamento para as motas. E devido a tal alargamento, os motoqueiros já avacalharam a coisa e abusam, praticando um estacionamento de longa duração. Claro está, toda a gente sabe que os motards são pessoas marginais da sociedade, são uns malandros que nem sequer trabalham. Vão de cedinho para o Funchal, estacionam e passam o dia inteiro a fumar erva, a ver shows de strip e t-shirts molhadas e a beber umas cervejas pelas esquinas da cidade. Por isso, vamos lá acabar com esse regabofe e pôr a malta a pagar.

Para mim, é tudo uma fantochada demagógica. Primeiro criam-se freneticamente lugares de estacionamento específicos para as motas, como se o mundo somente dependesse das duas rodas, depois criam linhas (coisa que nem no Código de Estrada existe) junto aos semáforos para as motas. E depois, claro, vem a cacetada, ou não me digam que não estavam à espera de uma "prenda" destas? Enfim, é como se costuma dizer em Economia: não há almoços grátis.

Mas já que é para ter ideias idiotas, faço questão de contribuir:
- Para quando é que os taxistas começam a pagar parquímetro (é porque se há alguém abusa na quantidade horas estacionado são os taxistas)? 
- E os autocarros privados dos hotéis que atracam-se ali pela Avenida do Mar, que aquilo é uma desgraça?
- E parquímetros para as mesas do jardins, entupidas com os velhinhos na jogatina?
- E "corrímetro" para quem usufrui da promenade para correr?
- Para já não falar de "putímetros" para as meninas e meninos que andam a "guardar lugar" por aquelas ruas escuras nas redondezas do La Vie...

Já que é para taxar, meus senhores da Cagança, então que se faça a coisa em grande!!!
  Eis um novo dístico para a cidade do Funchal. Senhor motard, se conduzir leve moedas.

Até no regulamento de acessibilidades da Câmara Municipal de Lisboa os motociclos estão isentos de pagamento. Mas toda a gente sabe que Lisboa é uma cidadezinha de província, e que em nada se compara com o nosso Funchal cosmopolita...


Até aposto qual será o policia que estará a fazer este serviço...

Quem não coloca a moedinha também não anda!

A Câmara já está a pedir orçamentos para a instalação dos parquímetros...

Há-de ser assim uma coisa em bom tom, muito in e chique... Modernices!

É só escolher o modelo...

Mas há uma coisa boa (há sempre coisas boas) no meio disto tudo. Os motociclistas que estacionem ao sábado de manhã no centro do Funchal, poderiam beneficiar de uma lavagem à sua moto realizada pelos trabalhadores da Câmara. Assim como acontece com o senhor Presidente Cafofô...

Eu já fui a Marrocos trocar a minha cunhada por 15 camelos (é um amor de rapariga, mas ela que se deixe ficar por lá, que aqui não faz falta nenhuma). Se alguém quiser um, é só contactar. Garanto que a Cagança ainda não sonhou com nenhum parquímetro para camelos. Os Paços do Concelho estão cheios deles e nenhum paga para ficar estacionado nos seus gabinetes...

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