Crónicas do Antro - XI
por: Mestre Perverso
Cucu… olá meninas e
meninos! Como estamos hoje? Felizes e contentes? Alguns de férias, e outros a
trabalhar? Pois tem que quer. Mas vamos todos ao fim do dia tomar umas bejecas,
que estou a convidar. Mas por favor, nada de Coral,
que aquela cerveja está feita numa beberagem do piorio. Uma nova fórmula? Pois…
só se for de trampa.
Quinta-feira passada,
24/07, foi o Dia Internacionaldo BDSM. Pois é, amiguinhas e amiguinhos, o BDSM também tem destas coisas;
pode parecer que não, mas tem. Foi imensamente divertido, e aqui o Mestre
Perverso galhofou que se fartou. É com prazer que vos digo que o BDSM está a
registar uma progressiva implantação no nosso País; isto vai aos poucos, mas já
faltou mais. E quanto a vocês, não se acanhem...
Estou a apreciar
imenso desta comédia do BES.
Aliás, para ser franco, há já muito tempo que não me divertia tanto com a
desgraça de um grupo económico e dos seus cabecilhas. É que isto, tal como está
a acontecer, nem de encomenda! E nem com o Vítor Bento vão conseguir aguentar o
barco; aquilo é um naufrágio iminente.
E aposto que muito
boa gente está a lamentar-se por não ter dado ouvidos à malta do PREC, quando prenderam
os banqueiros e os grandes magnatas naquela altura; é que hoje, nos dias que
correm, ter-se-ia evitado tanta porcaria neste cantinho à beira-mar plantado.
Houve quem não
gostasse da paródia à maleita do Rocha, na minha última crónica. Que foi de mau
gosto, que eu fui insensível, que com aquilo não se brinca, etc., etc., etc.…
Pois que se lixem, meus caros. Como dizem os brasileiros, "'tou nem
aí!". Se o desmaio do Cavaco foi pródigo em brincadeiras e comentários
humorísticos, o que é que um mísero deputadozeco regional tem a mais que o
Presidente da República?
A cúpula do chiqueiro
é que está a ver a coisa a andar para trás, pois quando já não houver
justificação para tanta falta, a barraca vai abanar. Dá-lhes, Gaudêncio!
Tal como também não
gostaram do que se disse sobre as atitudes genocidas de Israel para com as
populações palestinianas na Faixa de Gaza. Isso é bem revelador da forma como
algumas alminhas encaram os rumos dados à política internacional; regra geral,
é gentalha sem qualquer tipo de consciência social, pródiga em alimentar um
certo tipo de corrente de opinião que privilegia o ataque aos direitos sociais.
Então que se lixem, e cá vai: se Israel faz de cada cidadão palestiniano um
alvo a abater, qual é o problema de fazer o mesmo a cada cidadão israelita?
Porquê tanta repulsa às notícias dos contra-ataques do Hamas? Ou será que é
mais limpo e aceitável matar com mísseis hi-tech e mostrar a matança ao vivo e
em directo através do visionamento das explosões, tudo assente no facto de ser
levado a cabo por forças armadas de um país reconhecido internacionalente e com
assento na ONU, do que recorrendo a armas relativamente rudimentares,
disparadas por um movimento de resistência à opressão?
E será que no mundo
em que vivemos, há vidas que valem mais que outras? Quem vive na Faixa de Gaza
não tem o mesmo direito à vida, à felicidade, ao desenvolvimento, ao progresso,
à paz, à segurança e ao reconhecimento, da mesma forma que quem viva em Israel?
Vejo que o
ex-vereador dos fatos ofuscantes, o tal que gostava de receber na intimidade do seu gabinete, agora um tremendo
ressabiado e amuadinho por ter ficado sem tacho, cadeira, visibilidade e
benesses, continua a debitar disparates e asneiras, a pôr-se em biquinhos de
pés para fazer reluzir a careca ao sol (ai as insolações, esse perigo). Dá-te
por feliz, ó rapazinho, porque depois do Canha, o mais certo serias tu o
próximo a saltar. É que aquelas brincadeirinhas e mimos dos trabalhadores da
Quinta do Lorde não eram nada se comparados com uma mais que certa revolta
popular pela completa inacção e falta de respostas aos cada vez mais gritantes
problemas sociais e habitacionais que afectam milhares e milhares de
funchalenses.
Porque, verdade seja
dita, a tua sucessora, apesar daquele arzinho assim meio alheado, ainda
consegue fazer muito mais do que tu, ó rapazinho. E eu que não dava muito pela
suplente, hã? Está a sair-me uma boa surpresa (mas isto não é para dormires à
sombra da bananeira, querida Madalena, senão aqui o Mestre Perverso vai zurzir
a chibata no teu lombo).
Ó Edgar: admite que
és um incapaz, que não tens coluna nem perfil para missões exigentes, remete-te
à tua insignificância. E cala-te, pá!
E por falar em
assuntos do município, ainda há dias tivemos a prova provada de que afinal,
quando querem, PSD, PND e PTP podem ser grandes amigalhaços, e que uns não
passam sem os outros. Será que o Wally, perdão, o Welsh engoliu o orgulho ao
assinar o mesmo papel que os fulanos do PSD? Será que a cúpula do chiqueiro foi
afogar as mágoas para a cabeceira do Rocha depois de terem dado o amén às suas
abéculas na Assembleia Municipal? Será que o PSD gozou à força toda com o facto
de terem feito os outros totós alinhar na mesma bitola?
Mas, chegamos à sessão da Assembleia Municipal e vimos
que tudo aquilo descambou numa tremenda opera
buffa: tiros nos pés, confusões, tontices, a estupidez daquela gentalha
elevada ao extremo… e lá no palanque, o Cafôfo a rir com a cena toda. Ou seja,
tanta coisa, tanta bazófia e… nada. Venha a próxima, que a malta quer continuar
a rir com as vossas figuras.
E Baltasar, um
conselho (e aproveita que é à borla): faz uma pausa, vai mas é descansar, que
com essa confusão na cabeça até dás pena. E olha que nem sou de sentir pena de
gente da tua laia.
E como aquelas
avitréculas são um maná para a galhofa, notícia nesta semana que passou foi a
condenação daquela maltinha do PND (ou lá o que é aquilo, mas é tudo menos novo
e democrata) pela invasão e ocupação das instalações do Jornal da Madeira. Ah pois é,
bebé!, pensavam que se iam escapar com umas palmadinhas nas costas? E olhem que
ainda é pouco.
Não que o JM granjeie alguma simpatia, nem por
isso. Aquilo só dá jeito para forrar gaiolas de periquitos e servir de
acendalhas nos churrascos, à falta das ditas cujas, o que dá um jeitão
especialmente aos domingos e feriados, quando não há pachorra nenhuma para
pegar no carro e ir ao supermercado mais próximo. Mesmo assim, apesar de todos os defeitos e mais alguns que lhe possamos
imputar, nos últimos tempos o JM ainda consegue ser mais pluralista que
o DN, especialmente no que
concerne à cobertura das actividades das diversas forças políticas. Sim, porque
desde que o DN conseguiu garantir chorudos
financiamentos, quer por parte do PS/Muuudança, quer da parte do CDS-PumPum (a
par da IURD - vocês já viram o que por lá anda escarrapachado aos domingos???),
aquilo é uma pulhice desgraçada. Mais vale que a bandidagem ande a trabalhar
com as t-shirts da Muuudança vestidas, ou a pedir que se façam as orações. Vá
lá que ainda se safam uns 3 ou 4 profissionais, mas o DN já está irremediavelmente estragado. E
é pena… porque o DN já foi um bom jornal, um exemplo de
jornalismo sério e honesto, com especial relevância para uma terra como esta.
Foi. Já não é. Hoje não passa de uma treta. Quo
vadis, DN?
E já viram como é que
aquela cáfila se comporta? Aquela pose "à cagalhão" (como se dizia na
tropa, quando apareciam os cabos lateiros a pavonearem-se à frente dos recrutas
como se de coronéis se tratassem), e a mania que são opinion makers? Lá só
porque escrevem numa folha de couve, já se julgam uns senhores… Grande coisa! O
meu labrador defeca excrementos com mais valor… e se houvesse alguma modalidade
de leitura de poias entre os astrólogos e adivinhos, certamente teriam melhor
qualidade literária e mais propensão a acertarem na realidade.
Mas, onde é que eu
ia…? Ah sim, a sentença dos cripto-fachos da vida airada, também conhecidos por
PND. Foram condenados e pronto, eis que cai o Carmo e a Trindade, a Justiça
está inquinada e os juízes são corruptos, têm o rabo preso e estão vendidos ao
poder, essas tretas do costume. Já com o Coelho é a mesma coisa, quando a
criatura perde processos em tribunal; será que ainda não pararam para pensar um
bocado, e que o Coelho até é culpado porque o mais certo é que não há outra
sentença e o gajo só pode ser o que o Tribunal determina que seja? Mas adiante…
Ah!, e Cafôfo: não
confundas as coisas. Julgava-te mais inteligente do que isso, pá! É que nem
parece teu. O pó dos reposteiros do teu gabinete anda a afectar-te?
Seja como for, os
criminosos, em tom que pretendem que seja desafiador (mas que para muita gente
só parece ser a expressão da mariquice mais libertina de que há memória), em
vez de pagar multa, querem cumprir tempo de prisão. OK, se querem assim, força…
Nunca se verão tantos sabonetes a caírem no duche como nos dias que aquelas criaturinhas
vão passar em Jersey… perdão, na Cancela. Até presumo que um certo murganho vai ficar roxinho de inveja.
Dura lex, sed lex, ó gentalha! A vida
é assim mesmo. Habituem-se. Lá só porque acharam que fizeram boa figurinha para
os flashes das máquinas fotográficas, isso não quer dizer que na realidade das
pessoas crescidas (sim, a "nossa realidade", não o vosso universo
paralelo onde tudo decorre de uma forma assaz curiosa e arrepiantemente
distorcida) se dê rédea solta aos vossos devaneios e se premeiem os maus
hábitos (quer dizer, uma vez por outra, mas… ninguém disse que este mundo era
perfeito).
E não me venham com
essas tretas de que vocês é que são alternativa, vocês é que combatem o PSD e
Jardim, vocês é que são os verdadeiros democratas. Porque no fundo, no fundo,
vocês, e todos os outros da vossa laia, não são nada, não fazem nada, não valem
nada e não servem para nada. Arranjem outros bodes expiatórias para a vossa
inépcia e estupidez, porque a bater na Justiça e nos juízes, vocês não vão lá.
E Ricardo… vai mas é
trabalhar!
Para terminar, e na
semana em que se comemora o centenário do “início formal” da I Guerra Mundial,
um momento de reflexão e de homenagem a todos os que, independentemente da sua
nacionalidade, morreram neste conflito que, para o bem e para o mal, é
justamente considerado como um dos grandes pontos de viragem na História da
Humanidade. E um tributo muito especial aos milhares de soldados portugueses
que, na Frente Ocidental e nas frentes africanas, se sacrificaram para cumprir
o dever que, de forma tão injusta, lhes foi exigido por quem não quis ou não
soube pôr os interesses da Nação acima das baixas jogadas da política
internacional.
Cordiais saudações do
Vosso
Mestre Perverso