O que cá se escreve não é para ser levado a sério!!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Enquanto isso, na poeira arenosa..por: Mestre Perverso

Crónicas do Antro - XI
 
por: Mestre Perverso

Enquanto isso, na poeira arenosa...
Olarecas! E como vamos nós, caros leitores ávidos por novidades neste humilde recanto da blogosfera? Respirem ar de qualidade e não se esqueçam: mastiguem cada garfada pelo menos 30 vezes antes de engolir.


Se alguém tiver bilhetes para o combate de boxe Iglésias vs. Castanha que avise, pois será uma cena de truz... Daqui a uns anos, a pergunta essencial será"onde estavas quando foram anunciados os resultados da corrida à concelhia do Funchal do Partido Xuxialista?".


Dolores Aveiro, essa verdadeira xuxialite, a encarnação de uma progenitora de valor (calma... estou a ser irónico), a mulher comum que surge à figura de uma Mãe do Reich, que deu à luz essa maravilha coxa que é o tão aclamado "melhor do Mundo" (viu-se... vai mas é trabalhar, meu mandraço! g'anda calaceiro...), lá lançou um livro, livro esse que, repare-se, não é da sua autoria, mas que fala sobre ela. Como observou a Maria Vieira, "não sei para onde ela o lançou e, deixem-me que vos diga, também não me interessa". Ora bem...
Eu sei, eu sei: hoje em dia, qualquer um(a) lança um livro... e este não é exemplo para ninguém. Vão por mim e comprem antes um Hiper Disney de 600 páginas e um pacote XXL de papel higiénico. É dinheiro muito melhor empregue.
Além disso, ó Dolores, dar um título daqueles ao teu panfleto... Porra!!! Não achas que é abuso? Ganha mas é juízo e vai lá cuidar do netinho, vá.


E o Rocha lá continua internado, coitadinho, muito combalido; parece que já se mexe, vai ao corredor e isso, mas pouco mais. Falar, nem pensar. Assim como assim, também não se perde nada.
Anda com uma restrição nas visitas que só visto; é que nem o Pinochet tinha tanta limitação. Só família mais chegada, e dois ou três gabirus do PTP (o burro, a vaca e o coelho). Dizem as más línguas que isto foi ideia (e imposição) do actual manda-chuva do chiqueiro.
E eis que agora abrimos o espaço ao diálogo:
- Vocês: O Coelho?
- Eu: Não, minhas suaves gotas de orvalho numa manhã de Verão nos Alpes suíços, que esse é o bôbo da festa... é um esquema do abjecto Quintino.
- Vocês (com ar confuso): Do Quintino? Do artista madeirense?
- Eu (com os óculos na ponta do nariz): Não, desse não... do outro, do criador de pássaros. Mas é engraçado que o refiram, porque a diferença é pouca; aliás, quando ambos abrem a boca, só sai merda.
- Vocês: Mas porquê?
- Eu: Porquê o quê? Porque é que quando os dois abrem a boca, só sai merda?
- Vocês: Não, isso já nós sabemos: infâncias infelizes, porrada em pequenos, um historial de abusos, baixa auto-estima, falta de objectivos concretos na vida, etc., etc., etc.. Porquê essas restrições nas visitas?
- Eu: Porque a cúpula do chiqueiro teme um atentado à vida do coitadinho do Rocha.
- Vocês: Mas porque é que a cúpula do chiqueiro teme um atentado à vida do coitadinho do Rocha? O fulano é um pobre de espírito que nem faz mal a um mosquito do dengue, quanto mais a uma mosca.
- Eu: Primeiro, porque a cúpula do chiqueiro é mais tonta que um pneu furado; segundo, porque o Quintino bate mal da cabeça, vê tretas em todo o lado que não lembram a ninguém e tem três manias peculiares: a mania de que é alguém na vida, a mania da perseguição, e a mania que é actor de teatro, e quanto a isso já se sabe: mesmo não sendo actor, ainda assim ficam-lhe os tiques; e terceiro, o Rocha indo desta para melhor, tem que ascender o próximo da lista ao lugar na Assembleia.
- Vocês: Mas quem poderia levar a cabo tal atentado contra o Rocha?
- Eu: A Nau sem Rumo, o Clube de Bilderberg ou uma facção sinistra do Sindicato Nacional dos Palhaços para ver a Assembleia descambar num circo ainda maior do que já é.
- Vocês: Ahhhhhhhhhhhhhh... Mas a quarta na lista não é uma coitadinha qualquer que pode ser facilmente manobrada pela cúpula do chiqueiro, logo seria dócil e mansinha que nem uma cordeirinha?
- Eu: Isso era dantes; a criatura renunciou. Por isso, o próximo na linha de sucessão ao lugar é o Gaudêncio, um fulano que não sabe dizer três vezes batata, que tem a subtileza de um elefante numa loja de porcelanas finas no que toca ao trato com a cúpula do chiqueiro (e com o resto das pessoas) e que já está farto de ser enganado por eles.
- Vocês: Ahhhhhhhhhhhhhh... Mas e quanto às faltas ao plenário?
- Eu: O atestado médico não vai durar para sempre, é certo, e o Miguel Mendonça vai começar a desconfiar de tanta actividade do Rocha no exterior, especialmente se não aparecer nenhuma patacoada no DN... Mas como eles são tão dados às modernices, pode ser que comprem ao Rocha um daqueles computadores como o do Stephen Hawking para falar, e arranjem maneira do coitado assistir às sessões e participar por vídeoconferência; até parece que já estou a ver o Miguel Mendonça a dizer "Sr. Deputado Rocha... Sr. Deputado Rocha! É capaz de estar quieto? Ah... desculpe, era a senhora enfermeira a trazer-lhe a arrastadeira... Nesse caso continue, por favor.". Difícil difícil será mesmo convencer a Presidência da Assembleia a entrar nesse esquema. Mas pronto, depois de terem entrado naquele arranjinho com o PSD e com o PND, é caso para dizer que já nada me espanta. 
- Vocês (completamente embevecidos): Oh Mestre Perverso... Vós sois tão refinado e superior nas análises que processais sobre a actualidade...
- Eu: Pois sou, não sou? Vá, agora não se babem senão ainda escorregam.

Pronto, e agora que já rimos de forma particularmente cruel dos coitadinhos deste mundo (sim, sou um sacana sádico, e depois?), vamos lá falar de coisas sérias, que nem só de galhofa se faz a vida.

Parece que um avião comercial despenhou-se lá pelos lados do leste da Ucrânia, ao que tudo indica abatido por um míssil superfície-ar - para quem não sabe, um míssil superfície-ar é a versão mais aperfeiçoada da pedra-e-fisga que usávamos quando éramos putos, para ir aos pardais, um projéctil que, recorrendo a vários tipos de orientação, e sendo dotado de autopropulsão, é lançado a partir de plataformas móveis ou fixas na superfície, tendo como alvo aeronaves ou outros mísseis, e engloba uma vasta gama de modelos que vai desde o pequeno Redeye, de 1,2 metros e 8,3 kgs, que pode ser lançado do ombro, até ao enorme Bomarc, de 14,2 metros e 7 toneladas, com ogiva nuclear... e perguntam vocês "ó Mestre Perverso, então usam uma bomba atómica para rebentar com um avião?", ao que eu respondo, sempre paciente e cheio de bondade, "não, meus queridos berlins... a deflagração até pode limpar uns aviões, é certo, mas nestes casos é mais útil recorrer ao impulso electromagnético causado pela explosão nuclear, com alcance bem superior ao da explosão em si, e que afecta a aviónica, e é como se tudo que tenha chips ou válvulas se desligue... se bem que, assim como assim, hoje em dia já está em desuso, a menos que os aviões voem em formações, coisa que já não é aconselhável" - também conhecido por SAM (não, não confundir com o Sam do "Casablanca"... o filme, e não o night club ali da Zona Velha; é SAM de Surface to Air Missile). E, sabe-se lá como, anda tudo (ou quase tudo) em bicos de pés, a apontar o dedo aos rebeldes pró-russos, quando tanto os russos como os ucranianos têm mísseis do mesmo tipo que, alegadamente, foi lançado.



Esta história é uma grande chatice. Primeiro porque um abate de um avião comercial é sempre de lamentar, morrem inocentes e isso. E depois porque temos aquelas alminhas que não pescam nada de nada, só a lamentar-se e a entupir-se com sentimentos; basta ver a reacção das gertrudes, que ficam logo de olhinhos muito abertos e com a boquinha a abrir e a fechar, enquanto repetem assim muito afectadas "oh meu Deus!!! que horror! viram isto? coitadinhos... oh meu Deus!!! que horror! viram isto? coitadinhos... oh meu Deus!!! que horror! viram isto? coitadinhos...", vezes sem conta. Para já não falar, é claro, das TV's e dos jornais, que lá arranjam histórias pessoais das vítimas, para "dar uma dimensão humana à tragédia" dimensão essa que tem, quase sempre (95% dos casos) um enquadramento tendencioso. Já percebemos que foi uma infeliz tragédia, escusam de estar sempre a martelar no assunto, está bem?

E depois temos os impolutos líderes a arrotar sentenças e frases feitas, a apelar à justiça e essas coisas; neste caso, deu-me gozo ouvir o Cameron, por exemplo, a dizer que a Europa deve "mostrar os dentes à Rússia". Mas... qual Europa? E quais dentes? Será engraçado se, por acaso, ficar provado que foram os ucranianos a abater o avião.



Por falar nisso, a Ucrânia, ainda nem os destroços tinham caído ao solo, já andava a alardear que dispunha de provas absolutas de que os culpados haviam sido os russos. Ora, onde estão essas provas? Já alguém as viu? O Mundo continua à espera de ver o mentecapto do Arseniy Yatsenyuk, no seu inglês incipiente, a fazer a habitual figura de parvo.

Mas afinal o que fazia um avião civil a sobrevoar uma zona de conflito, onde se sabia existirem SAM's capazes de abater aviões de grande porte e a voar a grande altitude? Será que o planeamento de rotas não tem olhos na cara? Sejamos honestos: os culpados não são apenas os que dispararam o míssil; a companhia aérea (é a Malaysia Airlines... exacto, essa mesma, a do MH370, que se esfumou no ar e do qual ninguém sabe) e as entidades nacionais e internacionais ligadas à aviação civil também têm a sua quota-parte de responsabilidade pelo que aconteceu.

Enquanto isso, na Faixa de Gaza, Israel anda a fazer o que já é hábito naqueles sítios: a cometer crimes contra a Humanidade, a bombardear hospitais, escolas, zonas habitacionais... Uma actuação que tem como ponto de partida umas tais provas (que ninguém viu nem conhece) que implicam os palestinianos num eventual rapto e posterior liquidação de 3 jovens israelitas. Hum... como deu tanto jeito, que os putos tivessem sido mortos...



No momento em que escrevo estas linhas, o número de mortos palestinianos já ultrapassou os 600, sendo que a sua esmagadora maioria são civis. É mais do dobro do total de mortos no abate do avião da Malaysia Airlines. Só que dos palestinianos ninguém faz reportagens individuais. Quem ia no avião tinha uma vida, vinha de um sítio, ia em busca de algo, etc.. Muitos brancos, europeus, alguns "amarelinhos" malaios (para uma composição "United Colors of Benetton"), e todos falam deles. Das crianças que morreram no bairro de Shajaya, alguém falou nas suas curtas vidas?

Sim, o Hamas lança rockets contra Israel, toda a gente sabe disso... mas se o vosso vizinho andasse a abusar da vossa paciência e a fazer o que lhe apetecesse no vosso quintal e na vossa casa, sem que as autoridades competentes tomassem qualquer atitude para salvaguardar os vossos direitos, vocês iam deixar-se ficar a assistir, impávidos e serenos?



Pois é, a poeirenta Faixa de Gaza fica lá longe, subdesenvolvida, esquecida, à mercê da pata opressora de Israel. E todos nós bem sabemos como fica tão mal criticar os israelitas, coitadinhos... E depois temos por aí certos chefes de redacção que, em vez de se preocuparem em promover bom jornalismo, andam a receber bandidagem sionista... Vai mas é trabalhar, Ricardo!






              


Cordiais saudações do Vosso

Mestre Perverso

2 comentários:

Anónimo disse...

A Dolores com aquelas fuças de madame de cabaré tinha era que estar de bico calado que já mete nojo, e aquela entrevista na RTP então foi de rir até não poder mais. Que vá chulando o filho enquanto pode.

Anónimo disse...

Já que aqui se falou de Israel e como se comportam os israelitas em relação aos outros, o que dizer da forma vergonhosa como está a ser tratado o problema do Cemitério Judaico aqui no Funchal? Há anos que a situação tem vindo a degradar-se, com o encerramento e abandono do espaço ali no Lazareto, com a falta de cuidado e de manutenção e com as sucessivas derrocadas junto ao precipício que dá para o calhau e para o mar, para onde até já caiu não só boa parte do muro de limite mas também várias sepulturas, etc. E vêm cá os embaixadores, vêm cá os rabis, a Câmara Municipal já fez propostas, todas com genuína boa vontade para solucionar o problema, e nada, os hebreus lá colocam sempre entraves, arranjam sempre um senão, ora é por causa disto, ora é por causa daquilo, e o problema não ata nem desata. Então é assim que a comunidade judaica zela pelos seus mortos em "terra estrangeira"? Esteve cá um rabi conhecido por assaltar sepulturas antigas e a embaixadora de Israel, e o que fez o Cafôfo? Engraxou a careca, lavou as dentolas e pôs-se a recebê-los com beijinhos e abraços. Mas pensam que tentou garantir alguma coisa quanto ao futuro do Cemitério Judaico? Nada! Zero! Assim está, assim vai ficar. Já era altura da Câmara ter imposto uma solução, nem que seja pelo respeito e dignidade que os mortos merecem. É uma vergonha aquilo que se passa, mas com a Mudança já estamos habituados a não ter grandes esperanças.