Olá coisinhas fofas da minha vida! Já chegamos a 2015, parece mentira. É que parece que nunca mais acabava 2014, especialmente com aquelas últimas 3 semanas.
Gostaram do fogo? Também eu. Sempre deu para lavar os olhinhos e esquecer as tristes, muito tristes iluminações de Natal que fizeram muita mossa à imagem turística do Funchal. E a Cagança que nem se mexeu, só arrotou uma postazinha de chicharro sobre o assunto e depois remeteu-se ao seu silêncio, deviam estar muito ocupados nas celebrações e nos cumprimentos de Natal, e sem esquecer os lautos banquetes. O bacalhau estava bom, querido Cafofô? Devia estar, no Chalet Vicente é sempre bom (e pronto, "lá está a Placa Central a destilar inveja por todos os poros por não ter sido convidada...", já estão eles a dizer). Oxalá lhe tenha dado bom proveito.
Hoje quero-vos falar de novos conceitos que por aí proliferam. Conceitos de restaurantes, negócios e mais uma infinidade de coisinhas. As hamburguerias estão muito em voga, e o Funchal, cosmopolita como é, também já conta com uma espécie de hamburgueria, com uma imagem toda clean, um espaço todo bonitinho e cutxi-cutxi como se quer e como mandam as "modas" de hoje em dia nestas coisas. Fala-vos da Hamburgueria do Mercado.
No outro dia lá fui experimentar esse novo espaço, à espera de derreter-me com um maravilhoso hambúrguer... só que não! Não foi assim tão divinal quanto isso. Desengane-se quem assim pensa sobre tão badalado espaço. E quem manda naquilo até se pode gabar que certo dia tiveram que fechar às 10 da noite porque tudo o que havia para fazer e vender já se havia esgotado, mas a mim não convence. É que não convence mesmo.
Para começar, foi logo uma longa espera de 11 minutos para sermos atendidos (mais parecia um frete do que um atendimento), seguidos de mais 32 minutos de seca até à chegada do tão esperado hambúrguer. Vendo o menu, fazia crer que teríamos boas propostas e ofertas gastronómicas porque as receitas assim o deixavam prever, aparentemente. Mas também isso é uma ilusão.
Falando concretamente no hambúrguer, achei que estava um pouco seco e sem sabor, o que muito me espantou especialmente estando perante um hambúrguer anunciado como sendo "100% de carne", faltava-lhe algo como elo de ligação. Infelizmente, e há que dizê-lo sem qualquer pudor ou reserva, há hambúrgueres de supermercado com mais sabor do que os da Hamburgueria do Mercado.
No acto de pagamento pude observar a cozinha, e qual não é o meu espanto ao ver uma travessa já com hambúrgueres grelhados ali jogada a um canto. Não admiria que os hambúrgueres cheguem mornos ou mesmo frios à mesa.
Na receita dizia haver cebola caramelizada, oh Deus do céu com os anjinhos todos! o que eu adoro cebola caramelizada. Mas o que me chegou foi uma espécie de cebola cozida, desenxabida, daquela que até dá pesadelos, e nada, mas mesmo nada caramelizada. (repare na foto)
Outro ingrediente que me deixava a salivar era o molho de barbecue (ai que já estou a revelar os meus pecados de gula todos), mas o que havia eram pequenos vestígios desse mesmo molho, e eu até já parecia uma investigadora do CSI de filtro UV em punho. Era essencial haver molho, meus senhores...
O que estava mesmo muito bom e no ponto era o bacon e o pão de cereais, justiça lhes seja feita. Vá, ao menos isso...
Em conclusão, ter um espaço em zona privilegiada e decorá-lo como mandam as "modas", não é o suficiente para se ter logo sucesso. O que me deixa ainda mais triste é que eles até têm umas boas receitas, mas não as executam como deveria ser. É que, meus amigos, a verdadeira cebola caramelizada leva tempo a confeccionar, não podem servir simplesmente cebola cozida, o sabor e a textura nunca serão os mesmos. E o molho de barbecue é para ser usado na medida que os hambúrgueres o exigem, e não às gotinhas. Já se tinha acabado a embalagem, foi?
Se vou voltar a Hamburgueria do Mercado? Não! Temos pena, mas ter todos os ingredientes para alcançar o sucesso e falhar redondamente na confecção é um erro crasso demais. Poderiam ter demorado uma hora na entrega dos hambúrgueres, mas ao menos que viessem suculentos e saborosos.
Resumindo e concluindo: Hamburgueria do Mercado - a evitar.
Para terminar, uma pequena grande nota de rodapé: aqui no Placa Central, também SOMOS TODOS CHARLIE.
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