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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

E após não sei quantas rotações, tudo na mesma, como a lesma… por: Mestre Perverso

Crónicas do Antro - XV
por: Mestre Perverso
  
E então, malta da pesada?! Como é que estão as coisas? Saudadinhas do Mestre Perverso? Vá, não sejam tímidos, admitam que sim… que eu não me importo.

Ora cá está o Mestre Perverso, acabadinho de chegar depois de uma ausência de algumas semanas. Não, não estive a combater contra os jihadistas na Síria (mas vontade não me falta, porque pagam bem, podemos atirar barris explosivos a partir dos aviões, o Bashar Al-Assad é um porreiraço e tem uma mulher lindíssima que não alinha naquelas tolices das burqas, niqabs e jilbabs…), nem colaborei na vigilância à malta dos vistos dourados, e muito menos na detenção do Sócrates. O Mestre Perverso andou a fazer umas certas e determinadas coisas que não vêm agora ao caso (conselho de amigo: metam-se nas vossas vidas, que duram mais tempo), mas está de volta. Ao fim e ao cabo, quem é que consegue resistir à Placa Central e ao seu canto de Circe?

Uma pessoa sai por uns dias e acontece toda uma imensidão de coisas, umas mais interessantes do que outras, é certo, mas que demonstram bem como o Mundo não pára. Já outras eram bem dispensáveis, de tão enfadonhas, sufocantes ou idiotas que se revelam. E que denotam também qualquer coisa de repetitivo, como se já tivéssemos presenciado algo assim, um verdadeiro déjà vu. Como diz o Povo, “mudam as moscas, mas a porcaria é sempre a mesma”. E de facto, não deixa de ser espantoso como o âmago da porcaria permanece imutável.

Um facto concreto: o caso do Meco. Mas será que aqueles pais não têm a noção do ridículo? Andam a chafurdar no esterco para quê? Esmifram-se a levar o caso de Anás a Caifás, contestando tudo e todos: ora é o juíz que não presta, ora é o procurador que é parcial, ora é a toga do advogado que tem vincos. Não é por arranjarem bodes expiatórios, ou levarem A, B ou C a julgamento que conseguem esconder a verdade: os filhos deles eram uns merdas. Lamento ter que dizê-lo assim, mas que querem? É a verdade! Os meninos dos seus olhos cresceram mentecaptos, morreram mentecaptos. E nem o facto de terem morrido de uma forma estúpida os reabilita. Meninos daqueles dispensam-se, já basta o bulliyng do dia-a-dia. É uma perspectiva fria das coisas? Talvez seja. Mas já viram que não se perdeu nada? Andavam os meninos a aprender a serem (ainda mais) parvos, lixaram-se. Se eu fosse crente, ainda diria que “Deus castiga”. Mas, como não sou, gosto de pensar que tudo não passou de um acaso… um feliz acaso. Por isso, de futuro, ó mentecaptos vejam lá no que se metem. Mas pronto, de que serve o aviso? Esperem que teremos um remake. E mais uma vez, alguém se encarregará de transformar os vilões em vítimas.

Outro exemplo: o surgimento de mais um fenómeno de idiotice pegada, o partido do Marinho e Pinto. Vê-se mesmo que aquilo não é um exemplo perfeito de populismo bacoco… Está-se mesmo a ver que aquilo é só boa gente… Gente séria, honesta, abnegada, sem interesses obscuros, idónea, apta para servir o País e os Portugueses… E está-se mesmo a ver que quem ainda acredita nisso é tolo! Acordem para a vida e cheirem o café! Não há ninguém que apanhe o fulano numa rua qualquer e lhe dê um tratamento à base de pau nas arcas? Não há quem o obrigue a desculpar-se perante os Portugueses, por ser um manipulador sem escrúpulos, um verdadeiro aldrabão no pior sentido do termos? Mas pronto, o povo tem/terá o que merece… Ontem para o Parlamento Europeu, amanhã para a Assembleia da República… e às tantas por cá também, com os seus muchachos, Isidoros e outros que tais. Até quando tamanha impunidade na trafulhice e nos enganos? Dir-me-ão “ah!, mas vota neles quem quer, ninguém é obrigado, trata-se de uma opção”. OK, tudo bem, não o contesto… o que me lixa o juízo é que até a coisa desaparecer, lá terei que andar a pagar o regabofe. É que o dinheiro para aquela gente não cai do céu… sai dos nossos bolsos, isso sim. Anda um gajo a lutar todos os dias pela vida para isto… E mesmo que amanhã se zanguem uns com os outros e acabem com a brincadeira, depois de amanhã já andam noutros esquemas do género. Verão...

Vai mais um? O caso BES. E este nem preciso de desenvolver. Já todos sabemos que aquilo dura, e dura, e dura… E cada vez há mais vestígios das falcatruas a virem ao de cima. Afinal, ao Dono Disto Tudo e à sua trupe não bastava apenas a posse, tinham também que rapinar o que não estava debaixo das suas patas. Decididamente, não aprendemos nada com isto de deixar a banca entregue a gente pouco recomendável, e os casos são mais que conhecidos.

A Troika pode ter ido embora (apesar de ainda vir cá de tempos a tempos, ver como páram as modas), mas a situação vai de mal a pior. No Continente, o Governo, amparado pelo PSD e pelo CDS, exulta com pequenos nadas. E aqui, as lojas continuam a fechar, os negócios continuam a falir, as legiões de desempregados continuam a aumentar, o dinheiro é cada vez menos para tanta despesa e tanta taxa.

Arquivou-se o “Cuba Livre”… e tudo está bem quando acaba bem. Parece mesmo que se sentiu um grande “ufa!” de alívio. A expressão “mas já chegámos à Madeira, ou quê?!” ganha, de facto, uma renovada e fortalecida justificação. Esta terra é mesmo um caso à parte, um paraíso na Terra, um offshore à margem da razão, da lógica, do bom senso e da vergonha.

Na Assembleia Regional, há um “senhor” deputado a quem lhe deu o badagaio há uns meses e que, desde então, nunca mais lá pôs os pés; está de baixa, com atestado, dizem; esta malta faz tudo para não trabalhar, é o que é. O lugar está vago (contudo, sejamos francos: o tipo, estando lá ou não, é a mesma coisa, não dava uma para a caixa e quando abria os queixos, só saía tolice… o típico idiota útil) mas, no entanto, continuamos a pagar-lhe o salário todos os meses. Já agora, quem beneficia realmente desse salário?

E continua a perder-te tempo com a luta dos delfins do PSD-Madeira, tal como ainda se continua a perder tempo com a estéril luta Vítor Freitasvs. José Manuel Rodrigues pela liderança do tal bloco de oposição que quer ganhar as eleições de 2015… tudo isto ajudado pelo péssimo jornalismo promovido pelo DN. Convenhamos: o DN já atingiu o nível do JM, pelo que para muita gente, entre usar um ou o outro para forrar a gaiola do periquito ou limpar o rabo, a diferença é nula. Só mudam os protagonistas dos fretes, porque de resto, a verborreia é a mesma. Caramba, com tantos Hellfires dos drones a falharem os alvos na luta contra o terrorismo, e não há dois que percam o alvo no meio do deserto e acertem ali na Rua Dr. Fernão de Ornelas, um de cada lado da rua?

A Graça Luísa continua viva e livre para os seus esquemas marados. Só cai quem quer, é certo, mas… tanta impunidade já começa a parecer suspeita. E que tal se a levássemos para uns passeios no Meco, a ver o que acontece? Pronto, pronto, admito que fui um nadinha radical; em alternativa, pode ser que alguma chefe das guardas prisionais ache graça à “pikena”…

Resumindo e concluindo: anda a perder-se imenso tempo com merdinhas que há muito deveriam estar esclarecidas. Há um infinito prazer em dourar a pílula, em protelar soluções e conclusões, em deixar andar. Estamos a viver situações a prazo, quando se exige acção imediata. Uns berros bem dados, uns bananos a modos. Mas não…

As horas passam e estão marcadas contra nós. E quanto ao tempo perdido, já nada há a fazer… foi-se.

                              


Cordiais saudações

Mestre Perverso

4 comentários:

AvoGi disse...

Realmente quanta merdinha espalhada pelo mundo português.
Kis:=)

Anónimo disse...

Seja bem regressado Mestre Perverso, já estranhava o seu prolongado silêncio no blog. De futuro não vá para tão longe que faz falta.
Uma admiradora

Anónimo disse...

«O DN já atingiu o nível do JM». Sugiro que passe a assinar como 'mestre perverso e visgolho'.

Anónimo disse...

Concordo em absoluto e saúdo a sua lucidez em caracterizar o caso Meco.