Placa Central, o que te vai na alma?

Assim muito de repente, apetece-me dizer, sei lá, duas ou três coisas que estão aqui entaladinhas na minha garganta. Coisas que não se relacionam muito umas com as outras, mas que estão a incomodar-me deveras.

Preparados, meus lindos? Ora cá vão elas:

1- Tenho um querido comentador anónimo que lhe deu agora para uma ciumeira descomunal em relação ao Sérgio Marques. Diz ele que o Sérgio Marques é o meu querido e adorado. Por acaso, até lhe podia confirmar ou desmentir tal afirmação. Mas para quê? Perdia-se o encanto. E eu gosto de ver pessoas encantadas. Ele até diz que vou perder o tachinho à pala de uma suposta derrota do "Sérginho", como lhe chama. É isso, meu querido comentador! É que é isso mesmo! Em relação à sondagem, ou estudo de opinião, como lhe quiserem chamar, acho que está óptima. Não se fala de outra coisa hoje senão do "querido Sérginho". É sinal que o tiro pode sair-vos pela culatra. A mim não me espanta que o Sérgio Marques fique em último lugar, temos dezenas de anos de experiência que confirmam que o Povo vota é nos ladrões e deixa os honestos sempre de parte. É que são dúzias, grosas, resmas, palettes de exemplos! Outra coisa que me altera um bocadinho o sistema nervoso é a competição descomunal nestas eleições internas dentro de cada candidatura. É de uma coisa que roça as eleições para as comissões de finalistas nas escolas. É de uma braveza da parte de cada candidatura que atinge o ridiculamente absurdo, chegando ao cúmulo de virem para o blog escreverem comentários carregados de frustração e ciúmes sobre um candidato que nunca disse apoiar, (o que eu digo é que lhe acho muita pinta). Vê-se mesmo que são do PSD, acostumados a ganhar sempre, o cu começa-lhes a fumegar logo só de pensarem na possibilidade de uma derrota. Soubessem eles que se aprende mais com as derrotas do que propriamente com algumas vitórias...

(És lindo Sérgio!!! E quando ganhares, EU é que vou tirar uma selfie contigo...)

 

2- Lembram-se daquele casamento a que fui no início de Setembro? Desde então que tenho a perna esquerda em muito mau estado. Os noivos contrataram um daqueles DJ´s todos eléctricos, que passou a noite a alternar entre kuduro, kizomba, salsa, samba e rock, numa miscelânea de música sempre muito ritmada. E aqui a Tia Placa Central tirou a barriga de misérias e começou a dançar à meia-noite e acabou às 6 da matina. Houve uma altura em que tinha os tornozelos para a esquerda, os joelhos para a direita, uma anca para cima, a outra para baixo, um ombro para a frente e o outro para trás. Resultado: o músculo de uma perna todo lixadinho. E logo agora, precisamente agora que me ia inscrever num concurso de kizomba (e era logo para ganhar!).

(Ó p'rá minha dupla de gravações, ali na pista... Modéstia à parte, o meu bumbum é bem melhor)

3- Agora outra coisa que me tira do sério, que mexe no fundo das minhas entranhas: homens lesmas, daqueles que se babam com os olhos, daqueles que tocam nas mulheres, daqueles que forçam conversinha da treta e por aí adiante. Lesmas com dose extra de gosma! Normalmente é muito fácil de reconhecê-los, e de driblá-los igualmente. Mas aqueles homens lesmas com quem temos necessariamente que estabelecer comunicação no nosso quotidiano, o que fazer? Por exemplo, um fulano da repartições das finanças que no início se encantava por mim... com o passar do tempo a minha cara de asco ia aumentando substancialmente, e ele, que tinha o absoluto dever de me tratar de uns assuntos importantes, começa a "sacanear" a cara podre. E eu faço queixa de quê? Assédio sexual não correspondido? E que devido a isso, a minha situação não se resolve? Mas posso sempre resolver à minha maneira: um par de berros bem dados e meia-dúzia de coisas pelo ares, e em menos de um quarto de hora já tenho os documentos assinados e carimbados. Não é o melhor método, bem sei, e nem é o melhor exemplo de discrição, mas as conversações amigáveis estão a esgotar-se, e aqui a Placa Central tem pouca tolerância para criquices.

(Essência masculina? Deve ser "Eau de Lesma", by Gosma)

4- Sobre aquele estudo do Comércio no Funchal, apresentado pela Câmara Municipal na figura do Presidente Cafofô, lui même... Eu dei-me ao trabalho de ver e ler o estudo, sobre o qual não tenho grandes comentários a tecer.. ´É mais um estudo, está tudo dito. Mas o Cafofô veio pedir sugestões para 50 medidas com vista à dinamização do Comércio. Eu por acaso até tenho uma. A Rua Dr. Fernão de Ornelas foi remodelada há poucos anos, digamos que é a "Avenida da Liberdade funchalense", em menor escala e em menor charme, é certo, mas um pouco de pretensão não faz mal. Acho que falta uma coisa essencial naquela artéria: com dois passeios tão largos, não existem banquinhos para a malta sentar-se, descansar, aproveitar uma pausa e apreciar as vistas. Por exemplo, se eu quiser contemplar o Povo a cirandar naquela rua, ler um livro, fazer uma chamada, descansar os sacos das compras, largar o marido à espera enquanto vou ver uns sapatos ou uns trapinhos, só tenho uma hipótese que é sentar na esplanada de um café, coisa que, diga-se em abono da verdade, nem sempre me apetece. Outra coisa pior: vou com os miúdos comer um super mega gelado ao Largo do Phelps, e começo logo a panicar porque os crianços vão sujar-se (mãe é mãe, e não me venham com essas coisinhas dos anúncios do Skip que eu tenho duas ou três bem preparadas para responder), mas esse mal é o menor. O pior é um deles me deitar o gelado ao chão porque tem que comer o gelado e andar ao mesmo tempo. Cafofinho, eu sei que não vais muito com a cara da Placa Central, mas manda-me instalar uns banquinhos modestos ao longo daquela rua. Ainda por cima com iluminações novas nas ruas, é necessário ter um lugarzinho sossegado para apreciá-las.

(Nem é preciso serem de tão bom gosto... mas caramba, que sejam uns banquinhos decentes!)

*Vocês estiveram imparáveis nos comentários ao último post. É tão bom saber das vossas opiniões. Beijinhos, meus lindos fofinhos, e continuem assim.