Olá lindinhos da Tia!!! E essas Páscoas, muitas amêndoas e muitos torrões? Muitos ovos Kinder com brinde?Em resumo, foram boas e docinhas?
Poderão pensar que se trata de uma assombração que redigiu este texto, mas não é! É mesmo a Placa Central, moi même, que voltou. Uma mulher não é de ferro, e eu agora dei em espremer tudo o que é folga e dispensa porque carpe diem e não tarda muito e a vida passou. E depois, o que levamos dela? Por isso quando posso agarro no maridinho e nos crianços (ou às vezes só o maridinho, porque os avós e os tios existem para alguma coisa) e toca a ir por aí. Mas como dizia eu, voltei. E volto para dizer que em primeiro lugar não estou satisfeita com os resultados eleitorais, portanto toda essa teoria da conspiração que se vinha a formar nestes dias em que este blog era um projecto do PSD para estas eleições que visava detonar o PS, ou um projecto do Bloco de Esquerda que agora alcançou um grupo parlamentar, estão fora de hipótese. Acontece é que eu, pessoa que ainda tem alguma sanidade mental, mesmo que tal não pareça à maioria dos meus leitores, preferi assistir de camarote e bem quietinha aos últimos acontecimentos políticos desta terra.
E que foram muitos, diga-se de passagem. E bem caricatos. Começando logo por uma trapalhada nos resultados eleitorais, não sei se devo chamar "trapalhada", ou mesmo de "constatação de um facto". Nesta terra, a democracia é algo que tem um cheiro muito suave em todas as instâncias, inclusivamente nos actos eleitorais. Os actos eleitorais na Madeira sempre geraram grandes murmúrios, só que agora houve uma clara constatação (e provas ) de que as coisas funcionam mal - até nos actos eleitorais - nesta linda terra banhada pelo Atlântico e cheia de personagens e interesses característicos de uma qualquer tribo de sedentos e submissos.
E o Tribunal Constitucional passa de fininho pelo meio das gordas gotas das chapeladas eleitorais na Madeira e segue caminho. Porque o caminho faz-se caminhando e os assuntos da Madeira têm tanto interesse para o País como o azeite está para a água. Ou seja, não se misturam e passam bem um sem o outro. Sempre foi assim e assim sempre será. Deixem-se lá dessas teorias de "complexo de inferioridade", "insularidade", "espírito ilhéu" e outras coisas que tais, pois a verdade é que há muitos assuntos que quando dependemos do rectângulo são sempre muito mal tratados, e estes cenários assistem-se tanto a nível institucional como em empresas privadas. Quando fazemos uma ligação para o rectângulo ouvimos sempre coisas destes género: "Para a Madeira não fazemos entregas", "Não sabemos como é que essa lei se aplica na Madeira", "Mas não existe na Madeira? Também não sei de que forma se pode resolver", "Pois, já pensamos na Madeira, mas temos diversos problemas de logística para aí chegarmos", "Aqui são 10h45; que horas são aí na Madeira, é menos uma hora, não é verdade?"... ou uma que era tã deliciosa e que me fartava de ouvir há uns anos atrás, que é "Aí na Madeira também se usam o escudo?". E estas coisas acontecem também por culpa do madeirense e dos actores políticos e respectivas vontades e agendas que, em teoria deveriam representar o povo, mas que na prática verifica-se ser algo completamente diferente. Isto quer-se bem atrasado, chega o mínimo dos mínimos, para quem é bacalhau basta (e se ainda fosse bacalhau... quando não é um qualquer sucedâneo) e o resto é conversa. A Madeira é um jardim como no mundo não há igual, e isto já basta para consolo.
Temos agora Miguel Albuquerque como Presidente da Madeira, perdão, como Presidente do Governo Regional da Madeira ("Presidente da Madeira" era o tachinho que uns certos iluminados queriam instituir) e com tiques e truques ainda mais gravosos do que aqueles com os quais Alberto João Jardim nos habituou ao longo de quase 40 anos... como é que é possível chegarmos a tamanho degredo? Aparentemente foi uma escolha do povo, mas o povo na sua grande maioria (e infinita sabedoria, dizem uns, mas eu, ranhosa como sou lá tenho as minhas sérias dúvidas) pensa que votou em Alberto João Jardim e nem quer ouvir falar de Miguel Albuquerque, e eu estou desejosa de ver e ouvir as bacoradas que o nosso menino de ouro tem para dizer (e as foçadas que tem para fazer).
Para quando vai o nosso querido Albuquerque anunciar um acordo comercial com a Colômbia?
Para quando vai o nosso querido Albuquerque anunciar que o Curral das Freiras tornou-se numa freguesia cosmopolita?
Para quando vai o nosso querido Albuquerque atapetar de pétalas de rosas a pista do aeroporto de Santa Catarina?
Para quando vai o nosso querido Albuquerque reavivar os bailes românticos de outros tempos, com princesas debutantes, orquestra e piano?
Para quando é que o nosso querido Albuquerque vai anunciar a "dispensa" de funcionários públicos na Madeira?
Porque toda a gente sabe que o problema do nosso querido Albuquerque não é anunciar. O problema do nosso querido Albuquerquinho é mais concretizar. Mas sabemos que irá concretizar pior do que o seu antecessor, infelizmente. E escrevam o que eu digo, meus queridos: ainda vamos todos sentir saudades do Dr. Alberto João Jardim. Da Ponta do Pargo ao Caniçal, e de São Vicente ao Funchal (e sem esquecer o Porto Santo, que aqui não passamos cartão à Comissão Nacional de Eleições, que vergonha aquela figura de continental arrogante e com mania de superior), ainda veremos muito boa gente a bater no peito e a recordar-se com nostalgia dos tempos em que o "Joãozinho das Festas" mandava e desmandava nesta terra. Até mesmo aqueles que tanto disseram mal dele e lhe juraram ódio eterno vão dar-me razão e lamentar a sua saída. Ele sim, é que foi um verdadeiro PDT (Presidente Disto Tudo). Era como era mas lá dizia as suas verdades, o que lhe ia remoendo na alma.
E por hoje é tudo que amanhã é dia de escola, é dia de pegar nos crianços, é dia de enfrentar as trombas do conselho de administração lá no trabalheco, é dia de aturar os gosmas dos clientes, é dia de mostrar a cremalheira às chatas do café. É mais um dia para somar aos dias...
Poderão pensar que se trata de uma assombração que redigiu este texto, mas não é! É mesmo a Placa Central, moi même, que voltou. Uma mulher não é de ferro, e eu agora dei em espremer tudo o que é folga e dispensa porque carpe diem e não tarda muito e a vida passou. E depois, o que levamos dela? Por isso quando posso agarro no maridinho e nos crianços (ou às vezes só o maridinho, porque os avós e os tios existem para alguma coisa) e toca a ir por aí. Mas como dizia eu, voltei. E volto para dizer que em primeiro lugar não estou satisfeita com os resultados eleitorais, portanto toda essa teoria da conspiração que se vinha a formar nestes dias em que este blog era um projecto do PSD para estas eleições que visava detonar o PS, ou um projecto do Bloco de Esquerda que agora alcançou um grupo parlamentar, estão fora de hipótese. Acontece é que eu, pessoa que ainda tem alguma sanidade mental, mesmo que tal não pareça à maioria dos meus leitores, preferi assistir de camarote e bem quietinha aos últimos acontecimentos políticos desta terra.
E que foram muitos, diga-se de passagem. E bem caricatos. Começando logo por uma trapalhada nos resultados eleitorais, não sei se devo chamar "trapalhada", ou mesmo de "constatação de um facto". Nesta terra, a democracia é algo que tem um cheiro muito suave em todas as instâncias, inclusivamente nos actos eleitorais. Os actos eleitorais na Madeira sempre geraram grandes murmúrios, só que agora houve uma clara constatação (e provas ) de que as coisas funcionam mal - até nos actos eleitorais - nesta linda terra banhada pelo Atlântico e cheia de personagens e interesses característicos de uma qualquer tribo de sedentos e submissos.
E o Tribunal Constitucional passa de fininho pelo meio das gordas gotas das chapeladas eleitorais na Madeira e segue caminho. Porque o caminho faz-se caminhando e os assuntos da Madeira têm tanto interesse para o País como o azeite está para a água. Ou seja, não se misturam e passam bem um sem o outro. Sempre foi assim e assim sempre será. Deixem-se lá dessas teorias de "complexo de inferioridade", "insularidade", "espírito ilhéu" e outras coisas que tais, pois a verdade é que há muitos assuntos que quando dependemos do rectângulo são sempre muito mal tratados, e estes cenários assistem-se tanto a nível institucional como em empresas privadas. Quando fazemos uma ligação para o rectângulo ouvimos sempre coisas destes género: "Para a Madeira não fazemos entregas", "Não sabemos como é que essa lei se aplica na Madeira", "Mas não existe na Madeira? Também não sei de que forma se pode resolver", "Pois, já pensamos na Madeira, mas temos diversos problemas de logística para aí chegarmos", "Aqui são 10h45; que horas são aí na Madeira, é menos uma hora, não é verdade?"... ou uma que era tã deliciosa e que me fartava de ouvir há uns anos atrás, que é "Aí na Madeira também se usam o escudo?". E estas coisas acontecem também por culpa do madeirense e dos actores políticos e respectivas vontades e agendas que, em teoria deveriam representar o povo, mas que na prática verifica-se ser algo completamente diferente. Isto quer-se bem atrasado, chega o mínimo dos mínimos, para quem é bacalhau basta (e se ainda fosse bacalhau... quando não é um qualquer sucedâneo) e o resto é conversa. A Madeira é um jardim como no mundo não há igual, e isto já basta para consolo.
Temos agora Miguel Albuquerque como Presidente da Madeira, perdão, como Presidente do Governo Regional da Madeira ("Presidente da Madeira" era o tachinho que uns certos iluminados queriam instituir) e com tiques e truques ainda mais gravosos do que aqueles com os quais Alberto João Jardim nos habituou ao longo de quase 40 anos... como é que é possível chegarmos a tamanho degredo? Aparentemente foi uma escolha do povo, mas o povo na sua grande maioria (e infinita sabedoria, dizem uns, mas eu, ranhosa como sou lá tenho as minhas sérias dúvidas) pensa que votou em Alberto João Jardim e nem quer ouvir falar de Miguel Albuquerque, e eu estou desejosa de ver e ouvir as bacoradas que o nosso menino de ouro tem para dizer (e as foçadas que tem para fazer).
Para quando vai o nosso querido Albuquerque anunciar um acordo comercial com a Colômbia?
Para quando vai o nosso querido Albuquerque anunciar que o Curral das Freiras tornou-se numa freguesia cosmopolita?
Para quando vai o nosso querido Albuquerque atapetar de pétalas de rosas a pista do aeroporto de Santa Catarina?
Para quando vai o nosso querido Albuquerque reavivar os bailes românticos de outros tempos, com princesas debutantes, orquestra e piano?
Para quando é que o nosso querido Albuquerque vai anunciar a "dispensa" de funcionários públicos na Madeira?
Porque toda a gente sabe que o problema do nosso querido Albuquerque não é anunciar. O problema do nosso querido Albuquerquinho é mais concretizar. Mas sabemos que irá concretizar pior do que o seu antecessor, infelizmente. E escrevam o que eu digo, meus queridos: ainda vamos todos sentir saudades do Dr. Alberto João Jardim. Da Ponta do Pargo ao Caniçal, e de São Vicente ao Funchal (e sem esquecer o Porto Santo, que aqui não passamos cartão à Comissão Nacional de Eleições, que vergonha aquela figura de continental arrogante e com mania de superior), ainda veremos muito boa gente a bater no peito e a recordar-se com nostalgia dos tempos em que o "Joãozinho das Festas" mandava e desmandava nesta terra. Até mesmo aqueles que tanto disseram mal dele e lhe juraram ódio eterno vão dar-me razão e lamentar a sua saída. Ele sim, é que foi um verdadeiro PDT (Presidente Disto Tudo). Era como era mas lá dizia as suas verdades, o que lhe ia remoendo na alma.
E por hoje é tudo que amanhã é dia de escola, é dia de pegar nos crianços, é dia de enfrentar as trombas do conselho de administração lá no trabalheco, é dia de aturar os gosmas dos clientes, é dia de mostrar a cremalheira às chatas do café. É mais um dia para somar aos dias...
2 comentários:
Coitadinha ficou sem tacho?? Querida faz-te à vida.
acabou a mama andas calada, chegou-te tb sua louca (0) da rua da acrreira
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