O que cá se escreve não é para ser levado a sério!!!!

quinta-feira, 26 de março de 2015

A "Democracia parlamentar", esse veneno...

Crónicas do Antro - XIX
por Mestre Perverso
 
 


Olá amiguinhos e amiguinhas! Então e como estamos hoje? Dormentes e doridos das chibatadas dos(as) vossos(as) Donos(as) e Mestres(as)? Dói mas estão felizes, não é assim? Ora isso é que importa. E o resto são cantigas, lá-lá-lá...


Como é, foram todos ver o filme do momento? Sim, obviamente que estou a falar do "SpongeBob: Esponja fora de água". Ná, 'tava a reinar! Referia-me ao"50 Sombras de Grey", obviamente. Pois é, para o melhor e para o pior... Mas adiante.
Se já leram os livros (ou pelo menos o primeiro volume da trilogia da E.L. James que, por sua vez, é assim uma adaptação um bocado manhosa, cheia de oh's e ah's, lábios mordidos e olhares revirados, de uma outra saga de seu título "Twilight", que mete vampiros, lobisomens e meninas castas, mas tanto uma como a outra não passam de versões apimentadas das Julias, Sabrinas e Arlequins dos anos 70 e 80, que as nossas tias solteironas e manas mais velhas liam com um ligeiro rubor nas faces, um brilhozinho nos olhos e respiração alterada em algumas passagens... OK, OK, vocês já perceberam que dê por onde der, aquilo é só "sacanagem rolando", como dizem os brasileiros), não perdem nada se optarem por não ver o filme. A coisa é um copy-paste, um dos poucos exemplos em que o filme corresponde ao livro e vice-versa. É claro que o filme é sempre o filme, e se quiserem poupar umas horinhas, tudo bem, sempre resumem a coisa a cerca de 120 minutos, um bocadinho mais se contarem com o intervalo para xixi, café e cigarro (não necessariamente por esta ordem) ou uma rapidinha na arrecadação da sala de cinema, atrás da tela branca... ai, a magia do grande ecran...
"E Vós, Mestre Perverso, haveis visto tal fita?", perguntar-me-ão vocês, expectantes, de olhinhos a brilhar e mãozinhas juntinhas, numa pose enternecedora de peluche... ao que eu respondo, assim um bocado entredentes e a olhar para o lado, "Pois... isso, é... exacto...".


OK, pronto, sim, vi o filme! Eh pá, que querem? Prometi à minha sub, e como não sou de voltar com a palavra atrás... Mas enfim... A miúda gostou (coisas de pitas, aquilo de vibrar com amor e paixão, a rapariga boazinha e o rapaz com um segredo obscuro...), e quando ela fica satisfeita, eu também me sinto bem. É a veia paternal dos dominadores, acho eu. No intervalo é que ainda sussurrou "oh, foi pena não termos vindo no Dia dos Namorados...", mas logo retraiu-se com o meu olhar fulminante "continua-assim-que-logo-experimentamos-uma-infiltração-salina-nos-grandes-lábios".
Seja como for, depois do filme, não descansei enquanto não cheguei a casa e revi "A História d'O" na sua versão original de 1975, para "lavar a vista" e desintoxicar de tanto love. Calma... não pensem mal de mim, aprecio romantismo e paixão... desde que em doses humanamente aceitáveis e toleráveis, nada de overdoses como aquelas. É que para doçura, já bastavam as pipocas...
Mas olhem, antes ler esse paradigma do estilo "porno para mamãs" que é o "50 Sombras..." do que as maçudas e repetitivas crónicas da Marta Caires, ainda para mais com o apadrinhamento daquela mini-assessora da treta da Raquel Gonçalves, aquela coisinha assim p'ró porta-chaves (que, de repente, travestiu-se em candidata a deputada; ai Raquelinha, Raquelinha... quem nasce minhoca nunca chega a víbora peçonhenta, e tu bem que tentas); maldita meia-hora de vida que perdi na fila para a dedicatória. Enfim, quem me manda ir à Feira do Livro com a sub pela mão...
Próximas, muito próximas, aqui à beirinha que estão as eleições para a Assembleia Legislativa Regional. E à medida que se aproxima o dia, aumenta o fastio por este regime político que experimentamos. Concorrem 11 forças políticas (e vejam lá que era para serem 12! Ai Marinho e Pinto, e agora, como vai ser? Como vamos aguentar sem tanta demagogia?) para um universo eleitoral que, em 2011, à data do último acto eleitoral para o parlamento regional, era de 256.757 cidadãos eleitores, e dos quais só 147.344, pouco mais de 57%, exerceram o seu direito de voto (olhem, já pareço o Malheiro!), um número manifestamente exagerado para tão pequena terra, pequena não só em tamanho, mas também em importância. Teremos então uma dúzia de cães a 47 ossos (leia-se, lugares), sendo que a força concorrente mais votada será convidada a formar governo. E depois temos a tão ansiada fatia do jackpot parlamentar que, apesar de reduzida depois daquele golpezinho de charme demagógico de Albuquerque e Rodrigues, ainda assim, continua a ser muito, mas mesmo muito apetecível. Vão pagar os justos pelos pecadores, mas a vida é sempre assim, só os pulhas é que se safam e os bonzinhos ficam a penar... e ainda bem que eu sou pulha. O Marquês de Sade é que a sabia toda, ao resumir tudo isto à história das manas Justine, a infortunada virtuosa, e Juliette, a próspera viciosa, ambas paridas do mesmo útero, ambas criadas com o mesmo carinho e amor, mas que, perante as adversidades da vida (hélas!), optaram por vias bem distintas de sobrevivência... Ai Juliette, Juliette...

Durante quase quatro décadas, "só deu" laranja, com sucessivas maiorias absolutas. A Madeira será mesmo um case-study entre o panorama dos regimes parlamentares de fachada democrática que marcam a cena política nesta zona do globo, a par de outros exemplos menos abonatórios para este tipo de exercício da política nos países e regiões na esfera ocidental.

Lamento dizê-lo, mas está mais que visto que as populações da Madeira e do Porto Santo não estão qualificadas a beneficiar da Democracia dita parlamentar. Não sabem optar, não sabem analisar as propostas e pesar os prós e os contras de cada candidatura (refiro-me, claro está, aos projectos minimamente coerentes e estruturados, que, aqui nesta região, se resumem a apenas dois ou três), falta-lhes abertura de espírito, não entendem a real importância que a política e tudo o que lhe é inerente assume para o dia-a-dia, limitam-se a um tosco exercício de maledicência, vaticinando do alto da sua manifesta estupidez os habituais lugares-comuns ("todos são iguais", "são todos farinha do mesmo saco", "só querem é roubar", "querem é votos para se encherem na Política", "eu só voto a quem me der"), e enfermam de uma gritante ausência de maturidade e cultura políticas. Regra geral, a opção de voto é semelhante à opção clubística: vão pelo "melhor" (sem que tal corresponda, de facto, a mais e melhor qualidade no exercício do poder), pelo "que ganha" (o que só contribui para reforçar maiorias absolutas que, como bem sabemos, acabam por degenerar em fenómenos e processos manifestamente lesivos para os direitos, liberdades e garantias). E depois temos ainda aqueles que vão pelas palhaçadas, quanto mais ruído melhor, com resultados tão bem conhecidos (e Tiriricas não nos faltam, meus amigos... isto é uma mina), e então vai de pôr a cruzinha numa qualquer cáfila de retardados mentais.
Ora vamos lá a fazer uma breve, brevíssima análise ao que teremos pela frente quando formos aos votos no próximo domingo, e é mesmo pela ordem do boletim de voto:

- PCTP/MRPP: muito berram estes gajos com os seus slogans de meter medo aos capitalistas, acabadinhos de sair de uma qualquer máquina do tempo directamente de uma RGA da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, mas já repararam que, a par de PS, PSD e CDS, também devemos o estado a que o País chegou ao MRPP? Ah pois é, bebés! Ou não se recordam que o MRPP foi a ponta de lança da reacção, a tal reacção que eles tanto diziam combater e que queriam asfixiar, que liquidou a Revolução de Abril no 25 de Novembro de 1975? Ora nem mais. Só quem não tem vergonha na puta da cara é que pode votar nestes palermas. E algo me diz que aquele cabeça de lista, se foi apanhado pela PIDE, "rachou"...

- PNR: o PNR... Ai o PNR! A Front Nationale cá do sítio, mas sem Marine Le Pen, só um Coelho muito mal amanhado (irra!, está visto que os roedores só merecem paulada). Que esperar de um grupelho neofascista, da mais rasca extracção de que há memória, que tem como candidato um tipinho cuja única coerência que se lhe conhece é querer ter poleiro e tacho a todo o custo? Um fulano de Câmara de Lobos e com a alcunha de "Seringas"... OK, contem-me histórias.

- Plataforma dos Cidadãos: confesso que não posso deixar de gargalhar sempre que vejo estas criaturinhas, especialmente o Aires Pedro e o Miguel Fonseca, e ainda para mais sabendo que recorrem a dois partidozecos perfeitamente desfasados no tempo e no espaço, o PPM e o PDA. E já viram que eles, das duas uma: ou repescam as ideias dos outros ou então apresentam propostas completamente idiotas e sem qualquer sentido? Aquilo é demagogia no seu estado puro, mais uns cromos com olho para a aldrabice... Votar em gajos assim deveria ser crime. Vêem como a Democracia é um desperdício para quem não sabe dela usufruir?

- JPP: caramba! Se estes bardamerdas conseguirem eleger deputados, será um perfeito exemplo de elogio à inutilidade (e um hino à estupidez de quem ainda acredita neles. É que a coisa é tão má, mas mesmo do piorio que até o Miguel Ângelo, o vocalista dos Foleirins, perdão, dos Delfins, inventou uma desculpa esfarrapada para não ter que actuar com a bandinha de chiqueiro do Élvio Sousa. Já agora, quem vos anda a pagar a campanha? Andaram a pedir de porta em porta? Ou partiram o porquinho-mealheiro da Câmara de Santa Cruz? E por falar em Câmara, resolvam-se quanto à Quinta Escuna que já estou farto daqueles anúncios de página inteira no Diário!!!

- MAS: nestas histórias há sempre um "mas", e neste caso poderia ser algo assim: "o Meias e o primo ressabiado do AJJ, amparados pelo badoche do João Paulo Gomes e por um coitado de um são bernardo, concorrem às eleições para a Assembleia da Madeira... MAS não têm hipótese"Better luck next time, João Paulo... ainda não é desta que consegues facturar umas milhenas à custa do contribuinte para pagar os calotes e meter a tua mãe num lar decente. Eh pá, e põe-te decente!

- CDS-PP: o CDS é uma máquina de fazer pobres. É este o segredo do seu sucesso: fomenta a pobreza, a miséria, a fome, o desemprego, a exclusão, o desespero, para depois logo avançar com a mais abjecta e vil caridadezinha. E é vê-los todos sorridentes, a distribuir esmolinhas aos coitadinhos dos desgraçadinhos; qualquer dia começam a fazer concorrência à "Sopa do Cardoso". Além disso, é uma seita onde abunda muita merda oculta, sendo um exemplo perfeito da tal expressão "vícios privados, públicas virtudes". Vendem-se pela melhor oferta, pelo que são verdadeiras prostitutas da política, pois seja qual for o vencedor, se não tiver maioria, o CDS abre logo as perninhas e toca a bombar para terem poleiro num futuro Governo Regional. São conhecidas as suas amplas capacidades de travestismo e transformismo, dado que aqui na Madeira são uma coisa e lá no Continente são outra; ou isso ou são bipolares. Enfim... Viram aqueles cartazes desgraçadinhos do Jekyll & Hyde? I rest my case...

- PND: então estes gajos não se tinham auto-ilegalizado? Não haviam anunciado a sua passagem a uma clandestinidade voluntária? Ou será que não tinham mais que fazer ao dinheiro e vai de brincar às campanhas para as eleições regionais? Outra seita que, a ir pelos ares, não se perdia nada. Safa-se a Rubina Sequeira que é jeitosinha mas coitada, está perdida naquele esgoto onde, para além de ambientalistas da treta, pontificam milionários com saudades da Colonia, cripto-fascistas de temperamento irascível, ratos sem pescoço com tendências sodomitas e muitos, muitos ressabiados. Atenção: há boas perspectivas de cenas de pugilato algures para os lados da Rua da Alfândega (e talvez com mais intervenientes...).

- PSD: apesar de tudo, não obstante os milhares de ditos descontentes e arrependidos, mesmo que por onde andemos só escutemos "de mim não levam nem mais um voto", o que é certo é que o PSD continua em alta. Esteja lá quem estiver, as sondagens indicam vitórias do PSD, e até mesmo com maiorias absolutas. Como diz uma grande amiga minha, "só quando os velhotes azougarem todos é que o PSD deixa de ter vitórias". Bom, a ver vamos é se mesmo depois de mortos, não vêm cá acima pôr a cruzinha no quadradinho do partido do Dr. Alberto João... Confesso que até simpatizo com alguns nomes da lista que Albuquerque apresenta nestas eleições; o grande problema é precisamente o próprio Albuquerque. Como pessoa, é impecável e não tenho razões de queixa, pois das inúmeras vezes que nos cruzámos e conversámos, sempre deixou transparecer a imagem de uma pessoa cordata, atenciosa, que gosta de ouvir e de partilhar opiniões. Além disso, partilhamos duas paixões: piano e rosas. OK, três: piano, rosas e mulheres bonitas. O que já assusta é o que lhe vai na cabeça quanto ao que ele pretende implementar para a Madeira. Ou seja, Albuquerque bem pode vir com falinhas mansas e promessas de retoma e recuperação, algo do género "não mais austeridade!" mas uma coisa é certa: Passos Coelho tem ali um fiel seguidor das suas políticas e ideias. E escrevam bem o que vos digo (ou façam CTRL+C destas linhas e guardem-nas para a posteridade): se Passos Coelho é neoliberal ao quadrado, então Albuquerque é neoliberal ao cubo.

- CDU: isto tem tudo para correr bem à CDU... tal como tem tudo para correr mal e acabar tudo na merda. Malta da CDU!, Edgar, Leonel e companhia, read my lips: não há cá meios-termos nem vitórias a fingir como muitas vezes é vosso apanágio. Se bem se lembram, nas últimas eleições regionais baixaram na votação, perderam um deputado e passaram de terceira para quinta força na Assembleia. Pensei (eu e muita gente) que a coisa ia abrandar, que iam andar pelas ruas da amargura, mas ainda assim, mesmo só com um deputado, continuaram a manter a fasquia alta e nestes últimos quatro anos foi trabalho e mais trabalho. Aquela gente deve andar nas anfetaminas, só pode; digam o que disserem, se há quem trabalha na política é a CDU. Mas vejamos como se portam no domingo. Para a CDU, é Totobola: 1X2 - baixam, mantêm ou sobem. Uma coisa é certa: aquilo é malta muito sisuda por isso não é de esperar palhaçada. Má opção para quem só vive dos reality shows, mas uma boa escolha para quem não passa sem o Canal Parlamento. Gostei de ver umas carinhas larocas entre os candidatos (confesso que o olhar da Isabel Cardoso é deveras cativante, e que o look de lolita saltitante da Ana Almeida abre-me o apetite), mas a anunciada renovação ficou aquém do desejado. Tratem mas é de naturalizar umas russas jeitosas (e inteligentes) e candidatem-nas em 2019, que depois falamos.

- PDR: como todos sabem, a candidatura do PDR, o novo esquema do Marinho e Pinto para sacar, da forma mais desavergonhada possível, mais umas massas aos incautos (ai Marinho, se tinhas falado com a Graça, ela mostrava-te umas cenas mais eficazes para enriquecer depressa), apesar de ter entregue tudo a tempo e horas viu os seus planos gorados pela implacável mão da Magistratura. Pois é Isidoro, tão cedo não vais mudar de carro nem deitar a laje naquele terraço lá de casa, e muito menos passar de férias fora daqui. A Comissão Nacional de Eleições já avisou: mesmo que o PDR figure no boletim, todo e qualquer voto neles é considerado um voto nulo, precisamente porque a sua candidatura não foi aceite; é como se tivessem desistido. Mas não tenham pena, ó Marinhettes desgostosos(as), pois se a candidatura tivesse sido considerada válida, seria um voto nulo na mesma. Nulidade por nulidade...

- BE: estas eleições são um caso de vida ou de morte para o Bloco. Andam sem ninguém na Assembleia há quatro anos, e se a coisa continua assim então é"goodbye Maria Ivone"; o Berloque dificilmente sobreviverá a nova derrota. E nem o Trancoso a esganiçar-se na Assembleia Municipal do Funchal pode salvar a honra do convento. Assim como assim, o que é o BE hoje em dia? O Paulo Martins, coitado, já lá foi, e muita falta faz ele (digo-o sem qualquer ironia ou sarcasmo); a Guida Vieira agora alapou-se ao tacho de Conselheira para a Igualdade, é uma vendida que já não honra o espírito da saudosa UDP; a Assunção Bacanhim vai definhando aos poucos e já pouco a vemos fazer o que quer que seja; a Maria Ganança também já pouco vai aparecendo; das deserções é melhor nem falar; o Trancoso é o que é; o Almada é uma nódoa e mais vale passar-lhe o pano; sobra o Carlinhos que lá vai aguentando o barco como sabe e pode. Mas enfim, com o surgimento daquelas coisas lá por aqueles lados, Agir e Juntos Podemos e Livre e sei lá que mais o quê, não faltarão capelinhas onde se acoitarem, caso o BE vá pelo cano abaixo aqui na Madeira. Seja como fôr, o jingle de campanha faz jus à situação: "o Bloco faz falta". E a Assembleia sem o BE não é a mesma coisa, não senhores. Mas sigam o meu conselho (e o desejo de muita gente): voltem a ser UDP, que só lhes ficaria bem. E limpem essas fileiras que têm aí muito golpista.

- Mudança: com menos duas moscas do que a versão de 2013, mas a merda ainda é pior, e continuam com esse aliado de peso que é o Diário de Notícias e boa parte do seu staff. O meia-leca do Freitas arvorou-se no menino que tem a bola (mas não sabe jogar) e então toca de fazer chantagem no recreio: só jogam com a minha bola se eu fôr o capitão da equipa. Ou seja: se querem juntar-se à minha seita, têm que me aceitar como chefe do bando. O PS lançou o isco, e morderam três: PTP, PAN e MPT. Objectivo: ganhar só por ganhar, nem que seja por um voto a mais. O que, convenhamos, assenta-lhes que nem uma luva. Além disso, uma coligação assim é a garantia de sobrevivência para estes três últimos partidos: o PTP teve uma fezada em 2011, mas a palhaçada dura o tempo de uma gargalhada, e toda aquela postura de eterna bandalheira já estava a irritar muita gente, mesmo votantes no Coelho. E o facto de se estarem a servir à grande e à francesa do gamelão da Assembleia, com assessores a ganhar três mil e tal euros, e sem trabalhar, também não estava a ganhar grandes simpatias. Já o PAN entrou mudo e saiu calado, nunca se lhe viu nada de jeito e até mesmo o seu condomínio para gatos deu para o torto ao ser ocupado por um gang de ratazanas. O MPT estava a ver o seu líder/deputado agarrado ao tacho e a engordar, mas já pressentia um mais que óbvio emagrecimento do partido caso fosse chamado a votos e concorresse sozinho. Quanto ao PS, dava uma ideia de unidade anti-PSD e tentava repetir a gracinha de 2013 (mas sem o sorriso Colgate do Cafôfo), insistindo na eficácia de uma ampla coligação. Uma mão lava a outra, se assim quisermos definir esta santa aliança. Foram distribuídos lugares na lista, e o Vitinho lá vai fazendo a campanha tendo o cuidado de esconder longe da vista os seus "parentes problemáticos" que é para não assustarem os investidores nesta opção de risco, só que por muito que tente não consegue e já são muitos os militantes e simpatizantes do próprio PS que dizem não votar nesta Mudança/2015 por não aceitarem a inclusão nas suas fileiras de palhaços, ladrões, doentes mentais, aldrabões, chupistas e parasitas. Aos descontentes do PS, têm bom remédio: votem PSD. Assim, não só optam por uma saída menos dolorosa como não têm que se preocupar com eventuais vergonhas e vexames no futuro. E depois vamos todos à Rua da Alfândega ver a cena de pancadaria entre os quatro da vida airada desta Mudança/2015. É que a vantagem de estarem todas sedes ali concentradas é que quando acontecer, não teremos de andar de um lado para o outro a acompanhar as comitivas.
E pronto. Domingo vamos a votos, por isso nada de ficar em casa. Votem, votem bem, votem em consciência... mas vejam lá se votam mesmo.
E oxalá seja a última vez que permitam a este povinho fazer uma opção tão importante... porque, digam o que disserem, esta gente não merece a Democracia que têm.


Tenham juízo!


                      
Cordiais saudações
Mestre Perverso

segunda-feira, 23 de março de 2015

quinta-feira, 19 de março de 2015

Breves vislumbres de uma campanha, a partir do vale dos lençóis

Olá fofinhos queridos da Tia!
Ainda estou em lua de mel na comemoração de 15 anos de casamento com o "meu senhor". Está a correr tudo lindamente, e confesso que estava a fazer-me falta uma coisa destas. Tanto que a partir de agora, está prometido: comemoraremos todos os aniversários de casamento com uma mini-lua de mel. Mas estou proibida pelo estimado homem de enfiar-me no pc, tanto mais que estou neste momento a escrever-vos com mãozinhas de lã enquanto o homem está a tomar banho.
É pouca coisa, mas é o que se arranja em tão curto espaço de tempo. E aqui vai...

Victor Freitas deixou o seu complexo de inferioridade de lado e colocou-se junto com o povo ao som do acordeão. Qualquer dia é mais uma de juntos pelo povo, e quem estará ali ao acordeão é um dos manos Sousa, às tantas não aquele que mais convinha a esta Mudança recauchutada mas não podemos ter tudo.


 
Miguel Albuquerque, largou o piano e também misturou-se com a gente do povo, coisa que ainda lhe faz alguma confusão. Está visto que faltou às aulas de mistura dadas pelo seu antecessor, o venerável Dr. Jardim, mestre nestas andanças de ganhar a confiança e o voto do povinho.

E a Mudança ainda traz o Rei do Acordeão a estas bandas... Está visto: Mudança e PSD, PSD e Mudança... é tudo igual!

Num passado tão recente, o regresso dos que nunca foram. Te recuerdas, cariño?

Ah é? O CDS acha que tem grandes deputados??? Contem-me destas!


                                  
ahahahahahahahahahhahahahaahha

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Em Santa Cruz é melhor nem votar no PS nem no JPP, eles que se entendam primeiro e depois venham pedir o voto
E estes dois? Que fazem eles nestas poses? A sincronizarem os relógios antes de partirem numa viagem a dois? humm, acho isto muito suspeito. 

Bem, vou embora antes que me seja oferecido um pedido de divórcio em plena segunda lua de mel. Ou então ainda o deixo apanhar-me a fechar a tampa do portátil, já que ele disse que as Cinquenta Sombras lhe tinham dado umas ideias... E eu não resisto àquele meu homem a sair do duche ainda húmido. Ai Plaquinha...
Como dizia a Cidália: "Oh God, make me good but not yet!"
           

sexta-feira, 13 de março de 2015

Este fim de semana....



E já lá vão 15 anos.
Não está a ser assim tão difícil quanto parecia...


                          

It's still the same old story
A fight for love and glory
A case of do or die
The world will always welcome lovers
As time goes b

terça-feira, 10 de março de 2015

Procura-se os cérebros dos candidatos regionais...‏

Olá fofinhos!
Como é? Tá tudo em cima? Por aqui vamos andando com a cabeça entre as orelhas e em cima do pescoço, não se pode esperar muito desta existência em plena crise económica e social. O máximo que se pede é que sobrevivam, deixem lá a parte chata de reivindicar que isso dá muito trabalho e cansa a cabeça (aos que a têm).
E lá vai a Tia Placa Central dizer meia dúzia de asneiradas que me vêm ao pensamento, analisar esta pré-campanha e os seus protagonistas.
O que tenho visto é que a maioria dos candidatos não se enxerga de maneira alguma, o exercício de se ver ao espelho e colocar sobre uma balança daquelas como as da Justiça, de pratos, as qualidades, defeitos, fraquezas e pontos fortes não é algo que façam com muita frequência, está visto. E sinceramente, já me estou a chatear com as enormíssimas barbaridades que se tem visto de há umas semanas a esta parte. O que me preocupa ainda mais é o Povo andar completamente alienado do que se passa, mas mesmo assim ainda vão dando credibilidade a estas bestas que viram na política um meio para se promover e meter alguns trocados ao bolso.

Realmente, a qualidade da maioria dos candidatos que andam de bandeirinha na mão por estes vales e montanhas, é de muita pouca ou mesmo nenhuma qualidade. Uns nem sabem ler, quanto mais serem deputados. A credibilização desta nova Assembleia Regional é um imperativo para mim, e deveria ser também um imperativo para todos os cidadãos. Não podemos permitir que se continue com palhaços na Assembleia, com gente que nada apresenta, com alguns que raramente abrem os queixos no plenário, outros ainda que só fazem show-off. Não podemos permitir que nesta próxima legislatura os deputados eleitos entrem no parlamento com as suas pastas já recheadas de lobbies, interesses dos grandes grupos económicos, e muito menos para se fazerem ao piso na ânsia doentia da projeção pessoal e social e para facilitar ainda mais as cunhas e os amiguismos.

 

É urgente, é necessário dar dignidade ao parlamento! O Povo não pode cometer os mesmos erros do passado, não podemos permitir nem dar segundas chances ao PSD que governou a Madeira durante 40 anos. Já não dá mais, meus queridos! Read my lips: o PSD não pode ter a maioria, nem uma dúzia de deputados se deviam de ter.

 
Optar por um CDS-PP que em plena campanha mostra duas caras (literalmente! é que nem de encomenda!!!), que são uns vira-casacas do pior, uma faca de dois cortes, que empregam medidas políticas sem peso nem medida, é dar um tiro nos pés com uma bazuca. Um CDS que ajudou a destruir milhares de empregos ao lado do PSD. Um CDS, que há uns anos atrás apelava ao fim dos apoios sociais, diziam eles que todos os que recebiam apoios sociais do estado não passavam de um bando de bandidos, de preguiçosos. Mas este mesmo CDS agora anda a distribuir toneladas de arroz, massa, salsichas, azeite, atum e leite. É este mesmo CDS que paga a luz, a água, o gás e os passes. Faz tudo isto aproveitando-se da pobreza que eles próprios criaram, vão ao cúmulo de dizer no seu famoso programa de governo que as famílias devem ter um papel destacado na assistencialismo e na caridadezinha!!! Fazem jantares dia sim dia não, para as pessoas andarem  a fazer figurinhas de satisfeitos, mesmo que a refeição demore a ser servida, já fria, e que levem mais de uma hora a servir as sobremesas, com preços tão simbólicos de 5 euros, mas será que aquele maldito jackpot não lhes acaba? Ou há algo mais por detrás, que lhes vai sempre untando as mãos para comprarem votos com as esmolinhas? É tudo areia para os olhos do eleitorado mais fragilizado e menos informado.

 

 
E a "segunda via" da Mudança, versão para a Madeira inteira, Porto Santo, Desertas e Selvagens incluídos? Uma coligação liderada por alguém que padece manifestamente de um profundo complexo de inferioridade, que nunca aceitou a sua humilde história de vida como um ponto forte seu, mas ao contrário quer mostrar a tudo o custo que é superior, e neste jogo contra ele próprio nunca passará de um vilhão, coitadinho, sem poder crítico de análise da situação decorrente. Quis à força ser o chefinho, o cabeça de cartaz do espectáculo circense que é aquela salada russa, bateu o pé e não desarmou até que lhe fizessem a vontadinha. Que lindo! Será que fez birrinha? Ai Célinha, devias era ter-lhe dado uns tabefes que o mal dele é sono. Já dizia o meu bisavô que quem nasce lagartixa nunca chega a jacaré. O mais certo é perder o rabo pelo caminho.
Com mais três partidos, em que um já se dividiu e formou mais um partido, o outro que supostamente defende uma "classe de não-humanos" mas ninguém lhes  reconhece trabalho ou mérito nessa área, e por fim outro partido que vive à sombra de um jackpot, de tachos, intrigas, interesses pessoais e sabe-se lá mais o quê, que só sobrevive enquanto houver palhaçadas e dinheiro para lhes manter os vícios e as taradices. E ainda dizem que são a solução para a Madeira? E ainda querem que vos levem a sério? E ainda querem que votem em vocês?


Temos um outro que criou uma plataforma na junção de dois partidos que nunca foram vistos, tidos ou achados, ou mesmo levados a sério  por cá na ilha, não se comprometem com nenhum deles, portanto mais uns que seguem claramente a lógica de barriga de aluguer, que tanto sucesso tem tido na nossa política. Mas esses sujeitos que escrevem umas coisas no Facebook, com historial de ressabiamento vindo de outro partido, acham-se mesmo alguém para abrir a boca??? Tanto que abrem a boca e acabam por dizer enormidades como propor o Alberto João para Presidente da Madeira, e isto para não falar de outros nomes que avançaram, cada um pior do que o outro. Era bonito se a coisa vingava! Então se isto está mau, só ia piorar ainda mais! Uma ditadura de interesses não é bem vinda cá na ilha, disso já tivemos tempo suficiente. Que tal estes candidatos dedicarem-se às profissões que exercem a 100%, ao invés de escreverem comunicados com febres delirantes? É só uma pequena ideia...


Há outros que são idênticos a um casal de pulgas, aquilo "pegou de galho" e de um movimento saltou logo para um partido. Os "irmãos metralhas", curiosamente com o mesmo sobrenome que outros irmãos que estão de bem na vida por andarem a negociar com as riquezas desta terra, agora põem-se com ambições de assaltar o cofre-forte da Assembleia. Pelo meio vão dizendo que fazem pactos e depois desmentem-se, dizem que ainda não têm programas, mas que vão apresentar uma proposta dia sim ou dia não (deve ser o tempo que leva a fermentar cada proposta), continuam a dizer que têm é experiência autárquica, uma (má) experiência que é sobejamente conhecida. Aliás, até querem extrapolar as medidas que aplicam nas suas freguesias à Região. Como se os problemas do arquipélago da Madeira fossem coisinha para se despachar com meia dúzia de blocos e uns vales de farmácia a serem aviados pela sua chefe de gabinete meia-leca.




E quanto ao resto de partidos que apareceram? São paisagem... só mesmo paisagem de uma qualquer lixeira que se vê na Índia ou até mesmo no Brasil, assim uma coisa daquelas mesmo degradante e deprimente, com abutres a pairar e os coitadinhos lá a catar o que podem conseguir para ganhar uns trocos.


E por hoje fico-me por aqui... quem sabe se desenjoar deste clima de pré-campanha  que farta até à raiz dos cabelos venha cá dizer qualquer coisinha...
 
 
Um beijo desta vossa Placa Central